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Medicina nuclear: conheça a importância na cardiologia

Quando citamos o termo nuclear, a maioria das pessoas podem ficar assustadas por ser algo exatamente perigoso e nocivo para nossa saúde. Isso é verdade, mas esse material, quando usado por profissionais capacitados, pode contribuir para o nosso bem-estar. 

Tanto é que está cada vez mais comum o uso da medicina nuclear para obter um diagnóstico mais preciso de doenças coronárias.  

O teste é solicitado após o paciente apresentar sintomas de angina ou alterações no exame ergométrico para isquemia. Por meio de uma análise cintilografia do miocárdio, é possível encontrar e identificar a doença. 

“O exame de cintilografia do miocárdio é importante para diagnósticos de obstruções cardíacas em pacientes com exame de teste ergométrico alterado ou pacientes de alto risco cardiovascular. Também é importante para acompanhamento de pacientes pós Stents coronários ou cirurgias de ponte safena.”, explica o Dr. Jeffer de Morais, diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius. 

O cardiologista ainda esclarece situações onde a medicina nuclear é ainda mais importante dentro da visão da clínica. “Pacientes com bloqueios de ramo direito ou esquerdo — uma anomalia comum que pode provocar atraso na condução do impulso elétrico no ventrículo cardíaco —, pessoas que não conseguem fazer o exame de esteira ou tem dificuldades para caminhar por terem doenças osteomusculares, são beneficiadas por essa opção, obtendo um diagnóstico mais preciso.” 

Histórico da medicina nuclear   

Essa ferramenta é mais antiga do que se pode imaginar. Em 1898, Marie Curie descobriu a existência de elementos radioativos, que foram chamados de isótopos naturais.  

Entretanto, foi apenas após o início da evolução tecnológica, em 1946, que começaram a produção de equipamentos para exames com o uso de cristal de iodeto de sódio ou cristal de cintilação (por isso o nome cintilografia). 

A medicina nuclear pode trazer certas preocupações, mas isso só acontece pela falta de conhecimento em geral. Dr. Morais explica que há baixo risco aos pacientes quando esse modelo é aplicado.  

“Todo medicamento pode trazer efeitos alérgicos, aqui nos utilizamos Tecnécio ou Tálio, mas isso acontece em casos muito raros. Não são conhecidas sequelas no uso de medicina nuclear. Os medicamentos são radioativos de meia vida que saem do organismo depois de algumas horas da aplicação.”  

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, o Brasil conta com 436 pontos que utilizam a medicina nuclear, considerando hospitais, clínicas e centros de pesquisas, os quais realizam cerca de 2 milhões de procedimentos por ano.  

Porém, o país enfrenta dificuldades de expansão na área por não ser autossuficiente na produção de Tecnécio ou Tálio. É necessário um investimento na fabricação desses elementos e educação para mais brasileiros dominarem a técnica e o uso do reator nuclear. 

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Como exercícios ajudam na saúde de pessoas com sobrepeso e obesidade

Não é novidade que a obesidade é um dos maiores desafios da área da saúde nos dias atuais.

Somente no Brasil, de 10 pessoas, 6 estão com sobrepeso — é o que revelam dados de uma pesquisa
feita pelo Ministério da Saúde em 2021.

Como decorrência da obesidade, muitos problemas de saúde podem ser desenvolvidos ou agravados.
Entre os principais e mais recorrentes estão a hipertensão, o diabetes e o colesterol alto.

Consequências psicológicas e sociais também estão atreladas à doença, o que exige além do
tratamento com especialistas, como cardiologistas, acompanhamento de psicólogos e psiquiatras.

Atividade física como resposta à obesidade

Pesquisas apontam que a prática de exercícios físicos é um recurso fundamental na prevenção de
diversas doenças.

Adotar a atividade recorrente diminui o percentual de gordura corporal, evitando a obesidade, além
de promover a melhora aptidão física e uma melhora na manutenção das capacidades funcionais.
Isso porque, os exercícios impactam de três maneiras principais, o organismo:

• Aumento do gasto de energia;
• Equilíbrio do balanço dos macronutrientes;
• Ajuste de energia ingerida e gasta.

As pessoas em situação de obesidade devem procurar ajuda para iniciar a prática de atividade física
bem como proteger e cuidar da saúde, que pode estar debilitada, incluindo problemas
cardiovasculares.

Consulte uma unidade do Grupo Sirius e de valor à sua saúde conosco!

Woman doctor shows a plastic model of the heart, close-up. Training material for a cardiologist, a surgeon's workplace

Manejo de Excelência na Insuficiência Valvar Mitral

INSUFICIÊNCIA MITRAL

A insuficiência mitral (IM) é uma doença particularmente desafiadora por sua complexidade anatômica e funcional. Suas diferentes etiologias (primária, secundária ou mista), natureza dinâmica e progressão insidiosa caracterizam a dificuldade em seu manejo.1

A revisão destes conceitos e o entendimento do quadro clínico permitem um tratamento preciso. Fortalecendo, assim, a relação médico-paciente nesta jornada.2

INSUFICIÊNCIA MITRAL PRIMÁRIA

É caracterizada por lesão primária de um ou mais componentes do aparelho da válvula mitral. A etiologia degenerativa (deficiência fibroelástica e Doença de Barlow) é mais frequente nos países ocidentais. Em países de baixa renda, a etiologia reumática é a causa frequente de insuficiência mitral.3

INSUFICIÊNCIA MITRAL SECUNDÁRIA

É caracterizada por folhetos valvares e cordas estruturalmente normais e a insuficiência resulta de um desequilíbrio entre as forças de fechamento e tracionamento, secundárias a alterações na geometria do ventrículo e/ou átrio esquerdo. É mais comum em cardiomiopatias dilatadas ou isquêmicas, também pode surgir como consequência do aumento do átrio esquerdo e dilatação do anel mitral em pacientes com fibrilação atrial de longa data, nos quais a fração de ejeção do ventrículo é, geralmente, normal e a dilatação menos pronunciada.3

INSUFICIÊNCIA MITRAL MISTA

É importante notar que a patologia mista pode ocorrer em uma IM primária que, se não tratada, pode resultar em dilatação/disfunção do ventrículo esquerdo. Outros exemplos incluem pacientes com IM secundária de longa duração devido a cardiopatia isquêmica ou fibrilação atrial que, subsequentemente, rompem uma corda, ou pacientes com prolapso de valva mitral que apresentam infarto do miocárdio ou desenvolvem cardiomiopatia por causa desconhecida e pacientes idosos com calcificações ou fendas nos folhetos.4

*FIGURA 1-MECANISMO PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO E MISTO. Classificação de Carpentier 5

DIAGNÓSTICO

A primazia do diagnóstico se faz com a análise de sinais, sintomas e resultado do Ecodopplercardiograma que, por meio de medidas semiquantitativas (largura ou área da Vena Contracta) e quantitativas (área efetiva do orifício regurgitante, volume regurgitante e fração regurgitante), define sua gravidade hemodinâmica e a classificação (Classificação de Carpentier) em primária, secundária e mista, pois apresentam diferenças importantes em relação  à avaliação, conduta e prognóstico. 6, 7

Outros exames, como Ecocardiograma Transesofágico, Ecocardiograma sob Esforço Físico, Teste Cardiopulmonar, Ressonância Magnética Cardíaca, Cateterismo Cardíaco, podem ser úteis para rastrear assintomáticos e oligossintomáticos, ou piora da insuficiência valvar, ou elevação da pressão pulmonar, ou reserva contrátil ou remodelamento ventricular. 3, 4

TRATAMENTO

Aprovado pelo FDA desde 2013 (EVEREST; REALISM), o Reparo Transcateter da Valva Mitral (RTVM) na Insuficiência Primária encontra-se reservado para candidatos sintomáticos, Classe Funcional III e IV de NYHA com alto risco cirúrgico. 3, 4, 8, 9, 10, 11

Aprovado pelo FDA desde 2019 (COAPT) o Reparo Transcateter da Valva Mitral na Insuficiência Secundária encontra-se reservado para candidatos sintomáticos, fração de ejeção reduzida, diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo <70 mm e sintomas persistentes a despeito de otimização terapêutica e/ou terapia de ressincronização cardíaca. 4, 12, 13,14,15

Neste contexto e de grupos selecionados, o MitraClip™, da Abbott, é o primeiro dispositivo para RTVM, uma opção com resultados clínicos comprovados de segurança, melhora da qualidade de vida e sobrevida para tratamento minimamente invasivo da IM.

DISPOSITIVO

O MitraClip™ é um clipe com corpo de cromo cobalto revestido de poliéster e hastes para fixação de nitinol. Hoje, em sua quarta geração (MitraClip G4), aprovado em mais de 75 países e apoiado por resultados positivos robustos em estudos (EVEREST, REALISM e COAPT), alcança o coração por meio de veia periférica, dirigido por imagem ultrassonográfica, aproximando e fixando as bordas opostas dos folhetos (duplicando seu orifício), reduzindo a insuficiência, proporcionando aumento do débito cardíaco, reduzindo sintomas e melhorando a qualidade de vida. 4,16,17,18,19

 

*FIGURA 2-FLUXOGRAMA DO MANEJO DA IM – AHA/ACC Valve Guidelines 4

REFERÊNCIAS

1)- C. Tribouilloy, D. Rusinaru, F. Grigioni, et al.Long-term mortality associated with left ventricular dysfunction in mitral regurgitation due to flail leaflets: a multicenter analysis. Circ Cardiovasc Imaging, 7 (2014), pp. 363-370.

2)- J.C. Fang, P.T. O’Gara. The history and physical examination: an evidence-based approach. D.L. Mann, et al. (Eds.), Braunwald’s Heart Disease: a Textbook of Cardiovascular Medicine (10th edition), Elsevier/Saunders, Philadelphia, PA (2015), pp. 95-113.

3)- R.A. Nishimura, C.M. Otto, R.O. Bonow, et al. 2017 AHA/ACC focused update of the 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with valvular heart disease: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice GuidelinesJ Am Coll Cardiol, 70 (2017), pp. 252-289.

4)- Bonow RO et al. 2020 Focused Update of the 2017 ACC Expert Consensus Decision Pathway on the Management of Mitral Regurgitation: A Report of the American College of Cardiology Solution Set Oversight Committee. J Am Coll Cardiol. 2020 May 5;75(17):2236-2270.

5)- A. Carpentier. Cardiac valve surgery—the “French correction.” J Thorac Cardiovasc Surg, 86 (1983), pp. 323-337.

6)- W.A. Zoghbi, D. Adams, R.O. Bonow, et al. Recommendations for noninvasive evaluation of native valvular regurgitation: a report from the American Society of Echocardiography developed in collaboration with the Society for Cardiovascular Magnetic Resonance J Am Soc Echocardiogr, 30 (2017), pp. 303-371.

7)- P. Lancellotti, L. Moura, L.A. Pierard, et al. European Association of Echocardiography recommendations for the assessment of valvular regurgitation. Part 2: mitral and tricuspid regurgitation (native valve disease) Eur J Echocardiogr, 11 (2010), pp. 307-332.

8)- V. Badhwar, J.S. Rankin, X. He, et al. The Society of Thoracic Surgeons mitral repair/replacement composite score: a report of The Society of Thoracic Surgeons Quality Measurement Task Force Ann Thorac Surg, 101 (2016), pp. 2265-2271.

9)- T. Feldman, S. Kar, S. Elmariah, et al. Randomized comparison of percutaneous repair and surgery for mitral regurgitation: 5-year results of EVEREST II J Am Coll Cardiol, 66 (2015), pp. 2844-2854.

10)-D.D. Glower, S. Kar, A. Trento, et al. Percutaneous mitral valve repair for mitral regurgitation in high-risk patients: results of the EVEREST II study J Am Coll Cardiol, 64 (2014), pp. 172-181.

11)- A.K. Chhatriwalla, S. Vemulapalli, D.R. Holmes Jr., et al.Institutional experience with transcatheter mitral valve repair and clinical outcomes: insights from the TVT Registry J Am Coll Cardiol Intv, 12 (2019), pp. 1342-1352.

12)- O. Franzen, J. van der Heyden, S. Baldus, et al. MitraClip(R) therapy in patients with end-stage systolic heart failure Eur J Heart Fail, 13 (2011), pp. 569-576.

13)- J.F. Obadia, D. Messika-Zeitoun, G. Leurent, et al. Percutaneous repair or medical treatment for secondary mitral regurgitation N Engl J Med, 379 (2018), pp. 2297-2306.

14)- G.W. Stone, J. Lindenfeld, W.T. Abraham, et al. Transcatheter mitral-valve repair in patients with heart failure N Engl J Med, 379 (2018), pp. 2307-2318.

15)- B. Iung, X. Armoiry, A. Vahanian, et al. Percutaneous repair or medical treatment for secondary mitral regurgitation: outcomes at 2 years Eur J Heart Fail, 21 (2019), pp. 1619-1627.

16)- O. Alfieri, F. Maisano, M. De Bonis, et al. The double-orifice technique in mitral valve repair: a simple solution for complex problems J Thorac Cardiovasc Surg, 122 (2001), pp. 674-681.

17)- F. Maisano, O. Franzen, S. Baldus, et al. Percutaneous mitral valve interventions in the real world: early and 1-year results from the ACCESS-EU, a prospective, multicenter, nonrandomized post-approval study of the MitraClip therapy in Europe J Am Coll Cardiol, 62 (2013), pp. 1052-1061.

18)- R.T. Hahn Transcatheter valve replacement and valve repair: review of procedures and intraprocedural echocardiographic imaging Circ Res, 119 (2016), pp. 341-356.

19)- R.O. Bonow, P.T. O’Gara, D.H. Adams, et al. 2019 AATS/ACC/SCAI/STS expert consensus systems of care document: operator and institutional recommendations and requirements for transcatheter mitral valve intervention: a joint report of the American Association for Thoracic Surgery, the American College of Cardiology, the Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, and the Society of Thoracic Surgeons J Am Coll Cardiol (2019 Dec 8).


MITRACLIP NTR-XTR- Registro ANVISA nº80146502240

MITRACLIP NT CLIP DELIVERY SYSTEM- Registro ANVISA nº 80146502069

MitraClip G4 Clip Delivery System- Registro ANVISA nº 80146502330

MitraClip G4 Steerable Guide Catheter- Registro ANVISA nº 80146502329

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Coração acelerado? Saiba o que fazer!

Já passou por algum momento em que o seu coração acelerou e começou a bater fora do ritmo? Este
pode ser um dos sinais da arritmia.

Antes de mostrarmos o que é e as causas, é preciso saber que existem muitos motivos para o coração
sair do compasso, porém, identificar que há algo de errado e buscar ajuda médica pode ser vital para
o tratamento em estágio inicial.

Arritmia cardíaca uma doença que eleva a frequência de batimentos por conta de anomalias no
ritmo do coração.

Como identificar a arritmia cardíaca?

Existem situações que confundem a identificação da arritmia, que são aquelas em que o ritmo está
dentro das normalidades e a frequência cardíaca está elevada durante a prática de atividade física,
crises ansiedade e até mesmo em momentos de felicidade.

Entretanto, alguns hábitos podem ter efeito prejudicial na saúde cardíaca, aumentando a frequência
dessas palpitações. São eles:

• O excesso de bebidas alcoólicas;
• Consumo de bebidas estimulantes (energéticos, café e chás);
• Atividades físicas muito intensas;
• Tabagismo.

Portanto, como é difícil de identificar a origem do coração acelerado, a recomendação é buscar um
cardiologista para realizar um check-up completo e, por meio dos exames, ter o diagnóstico adequado.

Apoio e cuidado especialista

O cardiologista vai entender os seus hábitos e verificar o seu estilo de vida. Com os exames, como
eletrocardiograma, ecocardiograma e ultrassonografia, poderá dar o diagnóstico correto e iniciar o
tratamento adequado, evitando problemas ou agravamento do quadro. Por isso, a prevenção é palavra de ordem e diante de qualquer anomalia, procure um especialista.

7 mitos sobre doenças cardíacas

*Dr. Jeffer de Morais, diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius 

Quando se fala em doenças cardiovasculares existem muito mais mitos do que verdades por aí. Parte deles surgem quando “um amigo me disse que ouviu de uma outra pessoa que tem um conhecido que trabalha com um médico da Universidade X”. Aos profissionais da saúde cabe derrubar o que é mito e trazer a verdade para a superfície, que é o que faremos a seguir, com sete mitos sobre doenças cardiovasculares. 

MITO 1: APENAS OBESOS PODEM DESENVOLVER DIAGNÓSTICOS CARDÍACOS 

A verdade é que obesidade é apenas um fator de risco a mais no desenvolvimento de diferentes diagnósticos cardiovasculares e pode, sim, contribuir para que eles apareçam. Mas é errado dizer que APENAS obesos podem, por exemplo, infartar. Pessoas sem comorbidades também infartam. 

MITO 2: COM CERTEZA SEREI HIPERTENSO PORQUE TENHO CASOS NA FAMÍLIA Genética é fator para desenvolvimento da doença, mas certamente não é o único e nem o principal. 

MITO 3: DESCANSAR E NÃO FAZER NADA É O MELHOR REMÉDIO PARA O CORAÇÃO 

Descanso é diferente de sedentarismo. Você pode descansar caminhando no parque, praticando natação, passeando com o seu cachorro, dançando em casa. Descanso não significa sentar por horas à frente da televisão; descanso significa pausa nas atividades que causam estresse, e não inatividade física. Sedentarismo, diga-se de passagem, é uma das principais causas de diagnósticos cardiovasculares. 

MITO 4: MULHERES MORREM MUITO MAIS DE CÂNCER DE MAMA DO QUE DO CORAÇÃO 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, dados de 2020, cerca de 54% das mulheres que vêm a óbito são por conta de doenças cardiovasculares, contra 14% de mortes oriundas do câncer de mama. Curiosamente, quando questionadas sobre como acreditam que vão morrer, 65% das mulheres respondem “câncer” contra 15% que afirmam que morrerão por doenças cardíacas. 

MITO 5: MORTE SÚBITA ACONTECE APENAS COM QUEM JÁ TEM CONDIÇÕES CARDÍACAS PRÉ-EXISTENTES 

Grande parte das chamadas mortes súbitas acontecem com pessoas saudáveis, sem que nenhum diagnóstico tenha sido fechado em exames preventivos. Algumas dessas mortes, inclusive, acontecem em bebês de até dois anos de idade, sem causa aparente. 

MITO 6: PACIENTES QUE SOFREM COM ARRITMIAS CARDÍACAS NÃO PODEM PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA 

Não só podem como devem. A única questão a se prestar atenção é que um médico cardiologista deve avaliar o paciente, indicar qual é o tipo de atividade física que ele pode fazer e acompanhar de perto a evolução e saúde cardíaca dele. 

MITO 7: UMA PESSOA QUE SOFRE UMA PARADA CARDÍACA VAI MORRER 

Nem toda parada cardíaca é fatal. As chances de sucesso de sobrevivência do paciente são maiores quando o socorro é imediato. Cada segundo conta, realmente; a cada minuto de atraso na ajuda ao paciente ele perde 10% de chance de sobrevivência, daí a importância de lugares públicos terem desfibriladores portáteis, por exemplo. 

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Tudo sobre Angina

Seu doutor diagnosticou suas dores no peito como angina? A angina estável é uma dor ou desconforto torácico que ocorre durante a atividade física. A angina estável geralmente ocorre em situações de esforço e a dor desaparece com o repouso. Já a angina instável surge de repente e não cessa com o repouso, podendo ser um sinal de ataque cardíaco (infarto do miocárdio).

O desconforto na angina geralmente está no centro do peito, atrás do peitoral. Pode sentir-se como pesado, aperto, dor, plenitude, pressão incômoda ou aperto. A dor ou o desconforto podem se espalhar para um ou ambos os braços, ou as costas, pescoço, mandíbula ou estômago. Também pode causar dormência nos ombros, braços ou pulsos.

A angina acontece quando o músculo cardíaco não obtém o sangue e o oxigênio que precisa. É por isso que você sente dor de angina com mais frequência durante o exercício ou o estresse emocional, quando a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam e um músculo cardíaco precisa de mais oxigênio.

Este livro responde muitas questões comuns sobre angina. Para sua saúde, aprenda sobre sua condição e trabalhe com seu médico. Isso pode ajudá-lo a levar uma vida plena e ativa

Como a angina difere do ataque cardíaco

Ambos os tipos de angina são causados pelo fluxo sanguíneo que não atende às demandas do músculo cardíaco. Na angina, a necessidade de aumento do fluxo sanguíneo não é atendida por um curto período de tempo. Quando o aumento da demanda por sangue desaparece, os sintomas da angina desaparecem também.

Com um ataque cardíaco, uma artéria coronária é bloqueada, isso corta o fluxo sanguíneo para parte do músculo cardíaco. A dor torácica resultante geralmente é mais grave e dura mais. E o ataque cardíaco causa danos duradouros.

Enquanto os ataques de angina não causam danos prolongados ao músculo cardíaco, os problemas que causam angina podem levar a um ataque cardíaco. Mas ter angina não significa necessariamente que você terá um ataque cardíaco. Algumas pessoas com angina nunca tiveram um ataque cardíaco. Outros só desenvolvem angina após um ataque cardíaco.

O que causa angina?

Angina e ataque cardíaco têm a mesma raiz: aterosclerose. Este é o acúmulo de substâncias gordurosas (placas), como o colesterol, nas artérias coronárias. A aterosclerose trocar por geralmente começa no início da vida. Todos têm pelo menos algumas pela meia-idade.

Diagnosticando angina

Um médico pode diagnosticar o tipo de angina pelos seus sintomas e quando eles ocorrem. Como angina geralmente ocorre quando o coração precisa de sangue extra, a angina pode ser difícil de diagnosticar, os resultados de um exame físico podem ser normais. O mesmo se aplica a um teste chamado eletrocardiograma (ECG ou EKG). É por isso que o seu médico pode recomendar um teste de esforço físico. Isso aumenta a demanda de sangue e oxigênio do seu coração. Um ECG registrado durante um teste de esforço físico pode mostrar se seu coração não está recebendo oxigênio suficiente.

Com base nos resultados do teste, seu médico pode decidir que você precisa de um angiograma coronariano (arteriograma). Este é um raio-x de suas artérias coronárias. Com a ajuda de um corante especial que é injetado em suas artérias, seu médico pode ver o padrao de fluxo sanguíneo. Um angiograma mostra se suas artérias coronárias estão bloqueadas ou estreitadas. Também mostra onde e quão grave é o bloqueio.

Tratando sua angina

O seu médico irá falar com você sobre a melhor forma de tratar sua angina. As próximas páginas falam dos tratamentos de angina mais comuns. Sempre siga as instruções do seu médico de perto ao tomar qualquer tipo de medicação.

Medicamentos

A nitroglicerina é um remédio que alivia ou evita a dor no peito devido à angina. Geralmente é tomado como pequenos comprimidos que se dissolvem sob a língua. Também pode ser tomado como um spray bucal.

A nitroglicerina é barata e atua rapidamente. Se o seu médico prescrevê-la (para você, certifique-se de manter sempre um local fresco e selado com você o tempo todo. Mantenha sempre os seus comprimidos na seu frasco original. A exposição ao calor, à luz e ao ar pode torná-los menos eficazes.

Seu médico pode dizer-lhe que tome um antes de iniciar uma atividade que possa causar dor no peito. Além disso, tome um comprimido se tiver desconforto que não comece a desaparecer dentro de um minuto ou dois depois de interromper a atividade, ou se ocorrer dor quando não estiver ativo.

Algumas dicas a ter em mente:

* Se a dor de angina não desapareceu, ou piorou, cinco minutos depois de tomar um comprimido de nitroglicerina, você pode estar tendo ataque cardíaco. Seu familiares devem ligar 190 ou levar você para o hospital mais próximo.

* Pergunte ao seu médico sobre o reabastecimento de sua receita a cada seis meses. Os antigos comprimidos de nitroglicerina podem perder a força, por isso certifique-se de verificar a data de validade no fransco.

* O seu médico também pode prescrever um tipo de nitroglicerina de ação mais prolongada, isto é tomado ingerido oralmente) ou aplicado à pele.

A nitroglicerina pode dar-lhe uma dor de cabeça ou uma sensação de plenitude na sua cabeça. Muitas vezes isso desaparece depois de usar nitroglicerina várias vezes. Se você tiver esse problema e não melhorar, você pode precisar de uma dose menor. Seu médico também pode prescrever diferentes medicamentos para ajudar a controlar sua angina.

Informe o seu médico o que geralmente causa dor de angina. Então vocês podem falar sobre prevenção. Saiba o que fazer se a nitroglicerina não aliviar totalmente a dor da angina ou se a dor piorar ou ocorrer  com mais frequência.

PCI – Intervenção coronária percutânea

A medicação pode nem sempre controlar sua dor de angina. O seu médico pode sugerir um procedimento chamado intervenção coronária percutânea (PCI). Isso ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo em um vaso sanguíneo estreitado.

Durante a PCI, um cateter com ponta de balão (um tipo de fio fino) é inserido em uma artéria. A ponta é guiada para a seção estreita do vaso sanguíneo. Em seguida, o balão é inflado, isso aplana a placa contra as paredes da artéria e abre o bloqueio. O balão é então desinflado e o cateter é retirado. Esse processo é chamado de angioplastia.

Stent

As artérias abertas pelo PCI podem estreitar novamente ao longo do tempo. Um dispositivo chamado stent é usado para ajudar a reduzir a chance de que isso aconteça.

Um stent é um tubo de malha de arame que adereços abre uma artéria. Para inseri-lo, o stent é recolhido para torná-lo muito pequeno. É colocado sobre um cateter de balão e inserido em uma artéria. Então é guiado para onde está o bloqueio. Quando o balão é inflado, o stent se expande e trava no lugar. Isso constitui um suporte rígido para manter a artéria aberta. O stent permanece na artéria permanentemente. Ele mantém a artéria aberta, melhorando o fluxo sanguíneo e ajudando a aliviar a dor no peito. O stent agora é comum. Seja ou não um stent adequado para você depende de certas características do bloqueio da artéria. Estes incluem o tamanho da artéria e onde o bloqueio é.

Mesmo com um stent presente, o reconexão da artéria (reestenose) pode ser um problema. Para ajudar a evitar isso, os médicos estão usando novos tipos de stents. Alguns deles são revestidos com drogas que ajudam a evitar que o tecido cicatricial bloqueie o vaso sanguíneo. Os stents revestidos podem melhorar o sucesso em longo prazo deste procedimento

Cirurgia

Algumas pessoas com angina continuam a ter dor frequente ou incapacitante. Se os medicamentos ou outros procedimentos não aliviarem sua angina, você pode precisar de cirurgia. Isso também por: pode acontecer se as artérias do seu coração estiverem  seriamente bloqueadas. Seu médico pode recomendar um procedimento chamado cirurgia de revascularização miocárdica. Durante esta cirurgia, uma artéria ou veia (tirada do tórax ou perna) é enxertada na artéria bloqueada, contornando) o bloqueio. Se mais de uma artéria estiver bloqueada, cada uma deve  receber

Foto do casal na praia

Gestão da angina através da mudança do estilo de vida

Alterar alguns de seus hábitos pode ajudar a reduzir as chances de ter dor de angina. As sugestões a seguir podem ajudá-lo a viver mais confortavelmente com angina.

Seja fisicamente ativo

A atividade física moderada pode ajudar a controlar o peso, o estresse e ajudar a diminuir os ataques de angina. Em alguns casos, o exercício diário pode ajudar a diminuir a angina, por ajudar a desenvolver a circulação colateral. Isso acontece quando o corpo aumenta o fluxo sanguíneo para o coração expandindo as artérias nas proximidades.

Pergunte ao seu médico sobre os melhores tipos e quantidades de atividade física para você. Se você ainda tem dor no peito durante o exercício, seu médico pode sugerir que você modifique sua atividade física.

Saiba quais tipos de atividades causam sua angina para que você possa administrar a dor no peito. Muitas vezes é uma questão de quão difícil você se esforça e não por quanto tempo. Algumas pessoas podem caminhar um quilometro ou mais sem desconforto se o fizerem com calma. As mesmas pessoas podem ter dor de angina se caminharem por meio quarteirão rapidamente. Outros podem fazer certos tipos de trabalho manual durante todo o dia, mas um esforço breve e intenso rapidamente traz dor no peito.

Atividades facilmente feitas em clima ameno podem causar desconforto no tórax, se feitas no calor ou no frio. Se isso acontecer, limite suas atividades em clima quente ou frio.Vista-se de acordo com o clima quando você se exercitar ao ar livre.

Se a relação sexual provoca dor de angina, fale com o seu médico. Às vezes, tomar nitroglicerina pode prevenir angina durante o sexo.

Não fume

Fumar é ruim para todos. Se você tem angina ou qualquer tipo de doença cardíaca, pare de fumar. Fumar aumenta a tensão sobre o seu coração. Provoca compressão de vasos sanguíneos. Também faz com que seu coração bata mais rápido, reduz oxigênio em seu sangue e facilita a formação de coágulos. Essas coisas muitas vezes tornam a angina pior e aumentam o risco de ataque cardíaco e outros problemas. Se você fuma, para agora. Se você precisar de ajuda para parar, fale com o seu médico sobre programas, medicamentos ou ambos.

Gerencie sua pressão sanguínea

Ter pressão alta aumenta o risco de desenvolver doenças cardíacas e outros problemas. Isso aumenta a carga de trabalho do coração e pode piorar a angina. Se você tem pressão arterial alta, siga os conselhos do seu médico sobre mudanças de estilo de vida e medicamentos para controlá-la.

Adote hábitos alimentares saudáveis

A digestão faz seu coração trabalhar mais. A dor no tórax pode ser mais provável depois de comer uma refeição pesada. Tente evitar comer grandes refeições que fazem você se sentir recheado. Evite alimentos ricos, pesados ou alimentos que lhe dê angina depois de comê-los. Se você costuma obter angina após as refeições, seu médico pode dizer-lhe que tome nitroglicerina antes de comer.

O peso extra também pode piorar a angina. Para ajudá-lo a perder peso, a maior parte da sua dieta deve provir de frutas, vegetais e alimentos integrais e de alto teor de fibras. Tente comer peixe, como salmão ou truta, duas vezes por semana. Este contém ácidos graxos ômega-3 saudáveis. O seu médico também pode dizer-lhe para reduzir a quantidade de gordura saturada, gordura trans, colesterol, sódio e açúcares adicionados que você come. A angina pode diminuir ou mesmo desaparecer após a perda de peso.

Limite de álcool

Tomar um ou dois drinques por dia ajuda algumas pessoas a relaxar. Beber moderadamente pode não ser ruim para você. Mas beber muito pode ser perigoso. O excesso de álcool afeta o coração. Pergunte ao seu médico a quantidade de álcool que é segura para você beber. Se você está tentando perder peso, limite às bebidas alcoólicas, que podem ser altas em calorias.

Mantenha um registro de Angina

Mantenha um registro de seus sintomas de angina para mostrar como a angina aparece para você e como sua angina muda ao longo do tempo. O registro ajuda o seu médico a regular seus medicamentos e a decidir sobre futuros tratamentos.

Para baixar um modelo de registro de angina, acesse heart.org e digite “registro de angina” (angina log) na barra de pesquisa.

* Nos dias em que você tem angina, preencha a data e o número de vezes que você teve angina naquele dia.

* Anote o que causou sua angina, se houver alguma causa. Os desencadeantes comuns são exercício, emoções, comer uma grande refeição e sair no tempo frio. Se não houver nenhum gatilho, escreva sem desencadeante.

* Use uma escala de 1 a 4 para avaliar sua dor ou desconforto: 1 = leve, 2 = um pouco forte, 3 = grave, 4 = muito grave.

* Observe em quanto tempo a angina passou e o que você fez para isso (como descansar ou tomar nitroglicerina)

* Leve o seu registro com você e mostre ao seu médico a cada visita.

Sinais de alerta de ataque cardíaco

Alguns ataques cardíacos são repentinos e intensos, mas a maioria começa lentamente, com dor leve ou desconforto. Aqui estão alguns dos sinais de que um ataque cardíaco está acontecendo.

*Desconforto no peito. A maioria dos ataques cardíacos envolve desconforto no centro do tórax que  dura mais do que alguns minutos, ou isso desaparece e volta. Pode sentir-se como uma pressão desconfortável, aperto, plenitude ou dor.

* Desconforto em outras áreas da parte superior do corpo Os sintomas podem incluir dor ou desconforto em um ou ambos os braços, nas costas, na mandíbula ou no estomago.

* Falta de ar Isso pode ocorrer com ou sem desconforto no peito

* Outros sinais Estes podem incluir o surgimento de um suor frio, náusea ou tontura.

Tal como acontece com os homens, o sintoma de ataque cardíaco mais comum das mulheres é a dor no peito ou o desconforto. Mas as mulheres são um pouco mais propensas do que os homens a experimentar alguns dos outros sintomas comuns, particularmente falta de ar, náuseas / vômitos e dor nas costas ou no maxilar.

Se você ou alguém que você conhece tem alguns desses sintomas, ligue imediatamente para o 193 Não espere mais de cinco minutos antes de pedir ajuda. Você precisa ir ao hospital imediatamente. (chamar 193 é quase sempre a maneira mais rápida de obter tratamento de salvamento (os primeiros socorros).)

Sinais de aviso de acidentes (Sinais de alerta de AVC)

* Adormecimento repentino ou fraqueza do rosto, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo.

* Confusão súbita, ou dificuldade em falar ou entender

* Súbito problema em enxergar em um ou em ambos os olhos

* problema súbito em caminhar, tontura ou perda de equilíbrio ou coordenação

* Dor de cabeça súbita e severa sem causa conhecida

Se você ou alguém com você tiver um ou mais desses sinais, não demore! Ligue imediatamente para o 190 Além disso, verifique a hora para que você saiba quando os primeiros sintomas apareceram. É muito importante tomar medidas imediatas. Se for administrado dentro de três horas após o início dos sintomas, um medicamento de coagulação pode reduzir as desabilidades a longo prazo do tipo mais comum de AVC.