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Entenda por que remédio para emagrecimento piora a diabetes e pode ser uma droga mortal

Há pouco mais de uma década, um medicamento virou febre no Brasil após supostamente ter tido o aval dos médicos e cardiologistas para apoiar no emagrecimento, levando até mesmo pessoas não diabéticas a utilização, pois prometia perda de peso rápida e “saudável”. 

As farmácias venderam o estoque de um mês em uma semana, o que chamou a atenção da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que afirmou: “o uso do produto para qualquer outra finalidade, além de antidiabético, caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população.” 

Na mesma época, outras novidades surgiram no mercado com a promessa de emagrecimento em poucas pílulas, como divulgou um recente levantamento da Interfarma.  

Assim, muitas pessoas continuaram consumindo sem prescrição médica e colocando a saúde em risco, como mostra uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), a qual constatou que essa droga é de alto risco para quem luta contra a balança, mas que age de forma correta no organismo dos diabéticos.  

Para alertar e informar sobre o uso de medicamentos controlados por diabéticos, o Centro de Excelência conversou com o Dr. Jeffer de Morais, diretor de cardiologia clínica do Grupo Sirius, quem revela o que e em quais situações é recomendado e quais são os perigos para quem faz uso sem orientação médica.  

Quais são os critérios para pessoas diabéticas utilizarem algum medicamento para emagrecer? 

Sabendo que boa parcela dos pacientes diabéticos, principalmente do tipo 2, estão associados à obesidade, recomenda-se que percam peso para auxiliar no tratamento e evitar maiores complicações de saúde. 

Dessa forma, o Dr. Jeffer explica que os medicamentos emagrecedores são recomendados em casos extremos para apoiar na redução inicial. “Esses são os critérios para a prescrição, porém o paciente não deve depender exclusivamente deles, é preciso mudar a mentalidade e cuidar da saúde como um todo, adquirindo bons hábitos alimentares e realizando atividade física”, ressalta.  

Para evitar complicações, não faça uso de medicamentos sem a prescrição e o acompanhamento médico.  

Insuficiência cardíaca: saiba mais sobre a doença que causou a morte da atriz Claudia Jimenez 

Conhecida por interpretar personagens que marcaram a TV brasileira, a atriz Claudia Jimenez faleceu no último 20 de agosto decorrente de uma insuficiência cardíaca. 

Esta é a doença do coração que acomete cerca de 240 mil pacientes todos os anos no Brasil (dados do DataSUS) e a que mais provoca internações e mortes, entre 10 e 15%, sendo os idosos os mais afetados. 

De acordo com o Dr. Jeffer de Morais, Diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius, a definição da insuficiência cardíaca é: 

O músculo cardíaco de alguns pacientes não tem força suficiente para fazer o sangue circular corretamente pelo organismo, comprometendo a oxigenação celular e a circulação do sangue. Como resultado o paciente sente mais falta de ar — mesmo em repouso e frequentemente apresenta inchaço nos membros inferiores. 

As causas são diversas, principalmente pós infarto, pós miocardite, hipertensão mal controlada, uso de medicações (como determinados quimioterápicos), doença de Chagas, abuso de álcool, entre outras. 

No caso de Claudia Jimenez, a combinação para o diagnóstico foi um câncer no mediastino, atrás do coração, além de um infarto e três cirurgias cardíacas: 1. cinco pontes de safena; 2. substituição da válvula aórtica por uma sintética; e 3.colocação de marca-passo. 

Além de também ter passado por sessões de radioterapia e ser diabética, condições que enfraquecem o músculo cardíaco. 

Os sintomas mais comuns da insuficiência cardíaca são tosse noturna, inchaço nas pernas, dor no peito, palpitações, calafrios, palidez e cansaço. Sob qualquer um deles, é recomendado ir ao especialista para diagnosticar e realizar o tratamento mais adequado, já que é uma doença silenciosa. 

Importância da avaliação do Ecocardiograma 3D na perfuração da Valva Mitral

Pinheiro, J.A., Koroishi, J.H.Y., Galuban, A.C.F., Pires, C.R.T., Holanda, L.M., Galoro, V.G., Martins, S.K., Mendonça, F.C.C., Camargo, P.S., Bernardi, H.G.B.

     D.E.C.P., 56 anos, sexo masculino, com antecedentes pessoais de hipotireoidismo, dislipidemia, hepatopatia alcoólica, Linfoma não Hodgkin em 1985 tratado com quimioterapia e radioterapia e esplenectomizado. Pós operatório tardio de revascularização do miocárdio e duas angioplastias com stents prévios. Em 2020 foi submetido a um implante transcateter de valva aórtica (TAVI) e de marca-passo definitivo no pós operatório imediato. Paciente iniciou quadro de febre com duração aproximada de 20 dias, sem foco infeccioso aparente. Completou ciclos com antibioticoterapia, porém sem melhora. Devido a hemocultura com crescimento de enterococcus faecalis, indicado  ecocardiograma transesofágico (ETE) pela hipótese diagnóstica de endocardite infecciosa. ETE evidenciou endoprótese valvar em posição aórtica normofuncionante com discreto jato regurgitante central, valva mitral com dupla lesão valvar discreta e refluxo sistólico de grau moderado secundário a perfuração da região fibrosa mitro-aórtica, sendo interrogado uma possível fístula. Transferido para hospital de referência em cardiologia, e optado por realização de novo ETE com reconstrução 3D para melhor avaliação valvar, no qual, foi visualizado perfuração no folheto anterior da válvula mitral, gerando refluxo importante. Solicitado complementação diagnóstica com tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT) para avaliar endocardite infecciosa em atividade, evidenciando hipermetabolismo glicolítico em prótese aórtica.

 

O ecocardiograma apresenta papel fundamental na avaliação etiológica da insuficiência mitral. As imagens obtidas pelo ETE permitem uma avaliação detalhada do aparato valvar mitral, com destaque para as imagens obtidas pelo modo tridimensional. No caso, a imagem 3D foi superior para visualizar a perfuração que não foi identificada no exame bidimensional, sendo possível uma definição precisa da localização e área da perfuração. E assim, contribuindo para o planejamento da correção da insuficiência. Neste caso, optado em reunião de Heart Team pelo explante da TAVI com implante de nova prótese biológica em posição aórtica e em posição mitral.

Ecocardiograma tem papel fundamental no diagnóstico de endocardite infecciosa e suas complicações mecânicas. O Eco 3D permite uma avaliação minuciosa do aparelho valvar mitral como demonstrado no caso.

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Transplante do coração: tratamento para todos os casos de doenças cardíacas?

Um transplante do coração é, para muitos pacientes, a única chance de sobrevida. Mas ele não é o único tratamento para pacientes que sofrem com doenças cardiovasculares e que bom não ser. A fila de espera por um transplante cardíaco no estado de São Paulo varia de 12 a 18 meses, em média (esse tempo pode ser bem maior, inclusive). Parte dos pacientes à espera, infelizmente, vão a óbito porque lutam — literalmente — contra o tempo. Essa realidade poderia ser outra se o índice de rejeição à doação de órgãos não fosse tão alto: 43% das famílias não autorizam a doação de um paciente elegível a ser doador.

O transplante cardíaco é um tratamento reservado para pacientes com cardiopatias graves e que colocam sua vida em risco. Entre esses diagnósticos estão as arritmias severas, doenças cardíacas congênitas, miocardiopatias e valvulopatias graves.

Em alguns casos mais graves existe a possibilidade do uso de um coração artificial — um dispositivo que atua como ventrículos — e que dá ao paciente não só mais qualidade de vida, mas permite que ele possa enfrentar a fila do transplante com um pouco mais de tranquilidade com relação à saúde. É uma alternativa paliativa que dá ao paciente aquilo que médico nenhum pode dar: tempo. Tempo de espera por um coração compatível, que não precisa ser apenas compatível, mas completamente saudável.

Ainda que seja a última — e única — esperança de pacientes com cardiopatias graves, o transplante não é um procedimento simples e pede cuidados pré e pós operatórios que devem ser seguidos à risca. Pós-procedimento os cuidados são intensificados para que o organismo não veja aquele novo órgão como um corpo estranho e reaja a ele, o que chamamos de “rejeição” ao coração. A recuperação hospitalar é de cerca de um mês justamente para que todos os cuidados necessários sejam coordenados por uma equipe especializada.

Em muitos casos a expectativa de vida de um coração vindo de doador é de cerca de oito anos quando, em alguns casos, o paciente é reavaliado e pode, em alguns casos, precisar de um novo transplante. Nesses casos, ele volta para a fila de espera por um novo coração.

Ainda que este não seja o único tratamento quando se fala em cardiopatias, é preciso dizer que é o único tratamento para as mais de 350 pessoas que estavam na fila de um transplante do coração apenas no primeiro semestre de 2021 (dados oficiais do Sistema Nacional de Transplantes). São mais de 350 vidas à espera de um sim. De uma segunda chance.

Que a realidade possa ser outra. Que haja mais conscientização da importância da doação de órgãos. A realidade é que nunca sabemos se um dia seremos nós ou alguém que amamos na fila… É preciso pensar nisso também.

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10 dicas essenciais para cuidar do coração

Não é novidade que quando o assunto é a saúde cardíaca todos devem dar a devida atenção.

Para alcançar a tão desejada longevidade com qualidade de vida, o principal foco deve ser manter um estilo saudável e realizar o check-up preventivo ao menos uma vez ao ano.

Cuidar do coração e melhorar a saúde requer adoção de hábitos saudáveis.

Acompanhe, a seguir, 10 dicas essenciais nessa ação:

1. Evitar o tabagismo

Parece óbvio, mas o tabagismo é um dos hábitos que mais afetam o coração, afetando o funcionamento das artérias coronárias. Essa dica não vale apenas aos fumantes ativos, mas também aos passivos, aqueles que inalam a fumaça do cigarro alheio.

Uma pessoa impactada pelo tabagismo tem três vezes mais riscos de infarto do que uma que não fuma ou não tem contato com o cigarro.

2. Cuidados com a alimentação

Evitar a ingestão de alimentos industrializados e ricos em gorduras hidrogenadas é o ponto de partida para uma vida mais saudável.

Para quem já apresenta pré-disposição à doenças cardíacas, é necessário seguir orientações nutricionais mais específicas e manter uma dieta personalizada.

Alguns alimentos que são excelentes fontes de manutenção da saúde do coração são: tomates, feijão, castanhas, aveia.

3. Monitorar e tratar a elevação do LdL colesterol

O LDL é o famoso “colesterol ruim”. Ele mede a quantidade de gordura acumulada nas artérias coronárias, que obstruem o fluxo de sangue e prejudicam o coração de muitas formas. Monitorar esse número é muito importante e feito por meio do exame de sangue.

4. Controlar o estresse

Emoções muito fortes provocam a liberação de hormônios que influenciam a frequência dos batimentos cardíacos e, consequentemente, a pressão arterial.

Para evitar o excesso de emoções, a solução mais cabível é trazer para o seu novo estilo de vida ações prazerosas, como ler um bom livro, escutar músicas, meditar, ou encontrar uma atividade lhe agrade.

5. Melhorar o sono

Noites bem dormidas também devem fazer parte do seu estilo de vida. A recomendação é de ter um sono por noite entre 7 e 8 horas.

A quantidade de horas ideal varia pela idade das pessoas. Porém, em geral, quem tem um período menor de sono, a partir de 6 horas, aumenta em 30% o risco de desenvolver doenças cardíacas do que quem tem um sono bom e regulado.

6. Combater o sedentarismo

Quando pensamos em exercícios físicos, logo vem à mente praticar esportes ou ir para academia constantemente.

Mas se você separar apenas 30 ou 40 minutos por dia para se exercitar ou se alongar, além de uma melhora na qualidade de vida, o seu coração vai funcionar melhor, trazendo mais eficiência na circulação sanguínea e ajudando até mesmo no controle do nível de glicose.

7. Moderar o consumo de bebidas alcoólicas

Não é proibido consumir bebidas alcoólicas para ter uma melhor qualidade de vida, mas o exagero traz inúmeros problemas para o seu corpo, incluindo o funcionamento do seu coração, afetando a musculatura cardíaca e causando até mesmo danos irreversíveis.

Portanto a melhor maneira é controlar o consumo.

8. Cuidar de seu peso

É verdade que muitas pessoas mesmo estando a cima do peso, ainda são super saudáveis. Mas é um fato que o coração precisa fazer mais esforço para bombear o sangue em pessoas com sobrepeso. Para solucionar esse problema ingerir bastante água e se alimentar adequadamente, já faz uma grande diferença.

9. Controlar a pressão arterial

Mesmo com todos os oito cuidados já apresentados, é possível que a sua pressão arterial ainda possa ficar acima da média.

Nestes casos, o indicado é manter a vigilância e verificar regularmente a pressão, além de ficar atento aos sintomas que podem ser manifestados quando está alta, como dores de cabeça e tonturas.

10. Consultar um médico de confiança

É preciso ter um cardiologista para te acompanhar. Realizar consultas e exames periódicos são mandatórios, mesmo que nunca tenha apresentado nenhum problema.

O Grupo Sirius conta com mais de 130 especialistas em coração, que cuidam de toda a família, proporcionando uma melhor qualidade de vida e bons hábitos.

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Mente e coração: existe relação?

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) concede ao Brasil o título de país com maior número de registro de transtornos de ansiedade em todo o mundo. São cerca de 18,6 milhões de pessoas afetadas, ou 9,3% da população brasileira.  

Esse número piorou ao longo de 2020 — ano em que iniciou a pandemia. O Fórum Econômico Mundial mostrou em um estudo que 53% dos entrevistados do Brasil reclamaram do agravamento do bem-estar mental, incluindo sintomas como respiração ofegante, batimentos cardíacos acelerados e bronquites. 

Sintomas depressivos, como a ansiedade, são reconhecidos como risco para Doença Arterial Coronariana e outras patologias cardiovasculares, segundo artigo publicado pelo International Journal of Cardiovascular Sciences.   

Tratar a saúde mental é cuidar do coração. E não apenas isso: evita doenças, como obesidade, hipertensão e infarto precoce.  

Mas, afinal, qual é a relação entre o estresse e o coração? 

Primeiro, vamos à definição do estresse, que se caracteriza por ser uma sensação de desconforto, medo, preocupação e nervosismo. 

Conforme o estresse aumenta, elevam-se as taxas de adrenalina e cortisol no corpo. 

Em excesso no organismo, essas substâncias provocam instabilidade, elevam a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, que são fatores para desencadear um infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

O estresse afeta diretamente o sistema cardiovascular, acelerando a possibilidade de doenças cardíacas.  

Outro fator que merece destaque é a desregulação alimentar causada pelo estresse. Ela faz com que o paciente ingira alimentos pobres em proteínas e vitaminas, o que aumenta o peso corporal e pode implicar na baixa da autoestima. 

Depois do estresse, a depressão 

Mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o planeta, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apenas no Brasil, o total é de 11 milhões de casos. 

A depressão é uma condição que faz as pessoas terem alterações bruscas de humor, afetando negativamente as relações sociais, familiares e no ambiente de trabalho. 

Pacientes com depressão têm 78% mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares em longo prazo, muito decorrente do uso de antipsicóticos – remédios que tendem a aumentar o índice de massa corporal.  

E a doença é mais frequente entre aqueles que são diagnosticados com doença arterial coronariana (cerca de 40%), é o que mostra um estudo do  International Journal of Cardiovascular Sciences. 

Quando a mente não está bem, o coração emite sinais de alerta 

Os quadros de risco apresentados acima são fatores que podem determinar a saúde do seu coração e até seu estado físico.  

Você já ouviu falar em casos onde pessoas com ansiedade instantânea e violentas mudanças de humor, começam a apresentar hematomas pelo corpo sem qualquer motivo aparente? 
Esse é um exemplo de paranoia do sistema nervoso que pode afetar negativamente o estado físico.  

Por isso, quando não se cuida da mente, sem ter uma atividade de relaxamento ou momentos de desestresse, o coração passa a entrar em alerta vermelho, culminando em infarto precoce ou desenvolvendo doenças cardíacas. 

Como prevenir? 

  1. Como mencionado acima, faça exames periódicos, como eletrocardiograma e hemograma, e tenha um cardiologista para te acompanhar.  
  1. Pratique atividades físicas diariamente por pelo menos 15 minutos. Caminhada ajuda bastante, assim como exercícios aeróbicos e musculação. 
  1. Beba muita água e evite o consumo de álcool e tabaco.  
  1. Fuja de ambientes tóxicos, estressantes e com gritaria, isso vai afetar muito o seu cérebro e seu dia. 
  1. Esteja próximo a pessoas que te façam sentir bem.  
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Cardiomegalia: a “doença” do coração grande que matou Taylor Hawkins

O nome é complicado: “cardiomegalia” e ficou popularmente conhecida como “coração grande”. É uma consequência final de uma série de doenças cardíacas, tais como: insuficiência cardíaca, arritmias ou doenças nas artérias coronárias. Também pode ser uma consequência de uma condição benigna, chamada de coração de atleta. Não é considerada doença, mas serve como alerta esses casos.

Essas doenças podem deixar o músculo do coração ou as suas paredes mais grossas e maiores (daí o surgimento do nome “coração grande”), impedindo o bombeamento correto de sangue para o organismo. Esta é uma alteração que geralmente acomete pacientes idosos, mas pode também afetar os mais jovens, incluindo crianças — estes geralmente com cardiopatias que, até então, não eram
conhecidas e também pode ser encontrada em atletas jovens de alto rendimento.

Ainda que não seja considerada de fato doença (mas condição de outra doença) é um estado grave e que pode levar o paciente a óbito se não tratada. A boa notícia é: quando diagnosticada precocemente, tem tratamento e bom controle dos sintomas.

Na fase inicial é uma condição assintomática, porém, com a evolução do quadro clínico, o paciente pode relatar falta de ar mesmo quando em repouso, tonturas, palpitações, dores no peito, cansaço excessivo constante e inchaço nos membros inferiores e na barriga. A avaliação cardiológica é imprescindível para que o tratamento — que inclui o uso de medicamentos diuréticos, anti-hipertensivos, anticoagulantes, antiarrítmicos, entre outros – possa ser prontamente iniciado. Em alguns casos pode ser necessária a colocação de marcapasso, stents nas coronárias, cirurgia cardíaca e, em casos mais severos, transplante do coração.

A cardiomegalia é diagnosticada por meio da análise do quadro clínico, exame físico, exames de raio-X, eletrocardiograma, ecocardiograma inicialmente. Adicionalmente podem ser necessários exames mais complexos como tomografia, ressonância magnética ou cateterismo cardíaco. Além deles, exames de sangue podem ser considerados pelos especialistas para avaliar se existem outras alterações que possam colaborar para o desenvolvimento da cardiomegalia.

É preciso, de novo, reiterar a importância da prevenção. Taylor Hawkins, baterista do grupo Foo Fighters, trouxe a cardiomegalia à tona ao ter sido revelado que ele sofria com a condição cardíaca, embora não tenha sido essa a causa de sua morte. Ainda que seja um acontecimento trágico, acaba servindo para que outras pessoas busquem seus exames preventivos. Que esse episódio nos ensine a atentar-nos aos cuidados com a saúde do coração. Prevenir é sempre melhor do que remediar. Essa é a máxima que a medicina prega.

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Aneurisma da aorta: conheça os famosos com esse diagnóstico

Aneurisma é a dilatação anormal de uma artéria que pode ser rompida, causando uma grave hemorragia ou que permanece sem estourar durante toda a vida.

Os aneurismas podem aparecer em qualquer artéria do corpo, sendo no cérebro o tipo mais conhecido.

Entretanto, o aneurisma da aorta acomete entre 2 e 4% da população e pode levar a morte súbita. A aorta é considerada a maior artéria com a função de bombear o sangue e o oxigênio do coração para todo o corpo humano.

Este tipo de aneurisma é dividido em duas partes: aorta torácico na região do peito; e aorta abdominal o mais comum, formado logo abaixo no peito.

Dados da American Heart Association indicam que homens em torno dos 60 anos são os mais acometidos pelo aneurisma da aorta.

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagens, como a tomografia computadorizada. Uma vez diagnosticado, recomenda-se o tratamento com medicamentos para que não se agrave. Porém, caso esteja em estágio avançado
— aorta entre 50 e 60mm — a cirurgia é indicada.

Para evitá-lo, a recomendação é praticar exercícios físicos diários, manter uma alimentação equilibrada, evitar o fumo e o consumo excessivo de bebidas alcóolicas.

Agora, conheça os famosos que tiveram o diagnóstico de aneurisma da aorta:

• Belchior, cantor e compositor (2017)
Sentiu-se mal no dia anterior, segundo a sua esposa. No dia seguinte, foi encontrado sem vida no sofá de casa.
Esta é uma doença silenciosa e que pode causar morte instantânea, como aconteceu com Belchior.

• Jorge Fernando, diretor (2019)
O diretor brasileiro faleceu após uma parada cardíaca decorrente da dissecção do aneurisma da aorta.

A dissecção é quando há uma separação da parede da aorta, deixando-a mais frágil e desviando o fluxo do sangue.

• Renato Barros, guitarrista (2020)
O guitarrista da Jovem Guarda foi diagnosticado com a dissecção da aorta e chegou a ser operado. Porém faleceu após complicações pulmonares.

• Richie Faulker, guitarrista (2021)
Durante um show da banda Judas Priest, Faulker foi levado às pressas ao hospital após o rompimento da aorta. Lá, o guitarrista foi atendido e afirmou que não tinha problemas cardíacos, tampouco realizava check-ups periódicos, reforçando a importância do acompanhamento médico.

• Albert Einstein, físico (1955)
Uma hemorragia interna decorrente de um aneurisma da aorta foi a causa da morte do autor da Teoria da Relatividade e o físico mais famoso do mundo: Albert Einstein.

O mente brilhante já havia passado por uma cirurgia em 1949 para tratar outro aneurisma, mas não foi suficiente.