Nós, do Grupo Sirius, marcamos presença no Congresso Europeu de Cardiologia Preventiva (ESC Preventive Cardiology), um dos maiores e mais importantes eventos científicos da área cardiovascular.
Contando com especialistas de todo o mundo, o foco do evento para este ano foi discutir e compartilhar conhecimentos sobre a prevenção de doenças cardíacas.
Diante deste tema, foram abordados alguns exemplos em diferentes fases da vida, nos quais se torna essencial estar atento à saúde cardíaca. Considerando essa perspectiva, é relevante destacarmos: o pós morte, onde os filhos devem investigar seu histórico familiar e realizar check-ups completos, pois muitas doenças cardíacas são hereditárias. Na mulher grávida, é importante iniciar a investigação desde o bebê no útero, com a presença da ecocardiografia fetal. Após o nascimento, investigar possíveis cardiopatias congênitas. Já na adolescência, é recomendado acompanhar os jovens que começam a praticar esportes, especialmente aqueles com histórico familiar de doenças cardíacas.
Chegando na vida adulta, tanto homens quanto mulheres devem cuidar da saúde cardiovascular. Por fim, na terceira idade, os cuidados devem ser redobrados e acompanhados de perto.
Portanto, a participação do Grupo Sirius no congresso reforça seu compromisso com o desenvolvimento e aprimoramento de estratégias preventivas para cuidar da saúde cardiovascular dos pacientes.
Alimentação é um tema que se destaca entre diversos públicos e faixas etárias. Há quem defende a ingestão apenas proteica, os que não ingerem animais ou outras filosofias nutricionais sem comprovação científica.
Por isso, depois de estudos e de acompanhamento de pacientes, vamos mostrar qual é a melhor dieta — até então — para o coração e, de quebra, para o corpo também.
Mediterrânea, esta é a dieta amiga do coração
Manter uma alimentação baseada em frutas, vegetais, castanhas e carnes magras reduz o risco de doenças cardiovasculares.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, há uma redução de 12,5% nas chances de morte decorrentes de problemas cardíacos em pessoas que adotam a dieta mediterrânea.
O estudo avaliou por mais de 17 anos 23.902 homens e mulheres e seus hábitos alimentares. Aqueles que tinham o estilo mediterrâneo também diminuíram em 16% o risco de desenvolverem doenças cardíacas.
Já Elliot Berry, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, destaca que os benefícios da dieta mediterrânea estão associados, principalmente, ao coração e ao cérebro, com a melhora dos indicadores de infarto, acidente vascular cerebral (AVC), problemas de circulação, obesidade e diabetes.
Quais são os alimentos-chave dessa dieta?
Baseada em alimentos de origem vegetal, inclui frutas, legumes, grãos, leguminosas e frutos secos, combinados com a gordura do azeite e a proteína das carnes magras, com destaque para os peixes.
O sal também é reduzido e dá espaço para ervas e especiarias darem sabor aos pratos, que são bem coloridos. Assim, os temperos industrializados são evitados, e, no lugar deles, a opção são temperos naturais.
Carne vermelha e açúcares são limitados e ingeridos em ocasiões especiais. Já o álcool é moderado e de preferência, o consumo é de vinho tinto.
Um menu mediterrâneo concentra alto teor de gorduras mono e polinsaturadas, fibras alimentares vegetais, antioxidantes e fatores anti-inflamatórios.
A boa notícia é que, por mais que tenha o nome de mediterrânea, qualquer pessoa pode adotar essa alimentação. A recomendação é consultar um cardiologista e um nutricionista para manter o acompanhamento periódico.
Rara e congênita, a Anomalia de Ebstein é uma cardiopatia em que recém-nascidos são submetidos a uma cirurgia no coração – o que não é uma regra – para corrigir a válvula tricúspide que controla o fluxo de sangue entre a aurícula direita e o ventrículo direito do órgão.
O tratamento ágil é possível graças ao pré-natal completo, com exame de ecocardiograma fetal, responsável por identificar a má-formação na valva tricúspide do coração do feto.
Com o diagnóstico precoce, os pais e a equipe médica podem ter um time especializado em cardiopatias congênitas durante o parto, o qual é responsável pelo procedimento cirúrgico logo após o nascimento.
Doenças cardíacas em bebês
Cerca de 30 mil crianças nascem com doenças cardíacas, segundo o Ministério da Saúde. As cardiopatias congênitas, ou má formação do coração do feto no útero, são as causas de 6% da mortalidade infantil antes do primeiro ano de vida.
Esse número pode diminuir caso exista um diagnóstico precoce, feito através do exame ecocardiograma fetal realizado por equipamentos de ultrassom.
Entretanto, o Brasil carece de profissionais preparados para realizar esse tipo de teste e detectar possíveis anomalias no coração dos bebês que estão sendo gestados.
Sem esses especialistas, o Ministério da Saúde criou em 2021 o Programa Renasce que é coordenado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Ainda em fase de implementação, o projeto tem como objetivo melhorar os diagnósticos e tratamentos de cardiopatias congênitas no SUS. O programa tem como meta aumentar o número de cirurgias e tratar 60% dos casos desse tipo de doença até 2023.
É fundamental relembrar a importância do acompanhamento de um cardiologista infantil desde a fase pré-natal até o início da idade adulta para um rápido diagnóstico e direcionamento para tratamentos adequados. Os pais precisam estar atentos em sintomas como batimentos cardíacos muito lento ou rápido, pele azulada, falta de ar em repouso ou durante mamadas, maior cansaço em relação a outras crianças, entre outros, que podem ser consequência de um problema de coração.
Ao contrário do que muitos pensam, a cardiologia não é uma especialidade necessária apenas para adultos. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30 mil crianças nascem com doenças cardíacas. As cardiopatias congênitas, ou má formação do coração do feto no útero, são as causas de 6% da mortalidade infantil antes do primeiro ano de vida.
A cardiologia infantil é uma especialidade que acompanha desde a fase pré-natal até o início da idade adulta com o objetivo de prevenir, diagnosticar e tratar doenças ligadas ao coração durante a formação no útero e o desenvolvimento.
Por conta de diferenças, como ritmo de batimentos, tamanho e peso do coração e a frequência cardíaca, a formação de um cardiologista pediátrico é um pouco diferente em relação a outros profissionais da área. Este especialista tem a capacidade de chegar a diagnósticos, tratamentos e soluções com maior precisão porque sabe das inúmeras variações que ocorrem na estrutura física infantil.
Tratamento cardiológico de crianças
O acompanhamento é realizado de acordo com a faixa etária da criança. O processo começa desde quando está no ventre — momento decisivo para encontrar problemas cardíacos.
Em seguida são solicitados exames laboratoriais e ou de imagem, além da verificação de sinais vitais e pressão arterial. Com o diagnóstico de cardiopatias congênitas (doenças na qual a criança desenvolve quando já nasceu) ou outras comorbidades adquiridas com o passar dos anos, é feita a prescrição do tratamento ou cirurgias para correção.
Apesar de cuidados cardíacos rotineiros, é preciso observar certos sintomas que indicam uma consulta mais urgente com um cardiologista infantil. Pele azulada em bebês, batimentos cardíacos muito lento ou rápido, sensações de tontura e episódios de desmaios, falta de ar em repouso ou durante mamadas, maior cansaço em relação a outras crianças, entre outros fatores.
Em razão disso, os pais devem sempre encontrar um cardiologista pediátrico especializado desde o momento que descobrem que terão um filho e manter acompanhamento rotineiro para evitar ou tratar o mais rápido possível as doenças cardíacas.
A multiplicação desordenada de células anormais da mama tem a capacidade de formar um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Esta é a definição do câncer de mama, segundo o Ministério da Saúde do Brasil.
Considerado o tipo da doença mais recorrente em mulheres de todo o mundo, foram registrados cerca de 2,3 milhões de novos casos em 2020 e quase 685 mil óbitos, de acordo com a IARC (International Agency for Research on Cancer).
As taxas também são altas no Brasil. O câncer de mama ocupa o segundo lugar dos diagnósticos em mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer) é de que em 2022 sejam descobertos 66.280 novos casos.
Para alertar a população, principalmente a feminina, o mês de outubro é conhecido como Outubro Rosa. Desde 2010, instituições, médicos e empresas de saúde se reúnem em todo o mundo com o objetivo de ampliar a consciência acerca da doença e realizar a prevenção, focando na redução da taxa de mortalidade.
Mesmo que o tratamento possa parecer não ter relação com o coração, ela existe e exerce um papel importante durante esse processo. Por isso, acompanhe a seguir o que o Centro de Excelência preparou para te alertar.
Qual é a relação do câncer de mama com o coração?
O cuidado com o coração deve permear todo o tratamento do câncer de mama. Por isso, ter o acompanhamento de um cardio-oncologista é de suma importância. As terapias utilizadas podem abalar a estrutura cardíaca. Por exemplo, as quimioterapias foram associadas ao surgimento do quadro de insuficiência cardíaca. Já a radioterapia e a terapia hormonal estão associadas com a doença arterial coronariana.
Um estudo com pouco mais de 2 mil pacientes de radioterapia diagnosticou que 21,5% deles apresentaram doenças cardiovasculares em até 7 anos após o começo do tratamento.
Esses dados comprovam o alerta da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia): até oito anos depois do tratamento oncológico, 15% dos óbitos registrados em mais de 63 mil pacientes foi decorrente de complicações cardíacas.
Cuidado na aplicação do tratamento
No livro Câncer de Mama, Consenso da Sociedade Brasileira de Mastologia, os autores reforçam o cuidado dos médicos ao longo do tratamento para proteger o coração.
De acordo com eles, “o planejamento com tomografia permite identificar volumes pulmonares e cardíaco, minimizando, assim, a exposição a esses órgãos; além de conferir uma melhor distribuição de dose à área irradiada.”
Quando há o uso de radioterapia (RT) no combate ao tumor, a preferência é para a aplicação de técnicas mais modernas de RT, como a tridimensional conformacional ou com modulação de intensidade do feixe. Ainda segundo a publicação, por meio delas é possível manter os órgãos adjacentes, como coração, pulmões, esôfago, medula e pele, mais sadios por meio da distribuição homogênea da dose.
Acompanhe o tratamento oncológico com um cardiologista. Sabendo das complicações que os procedimentos para tratar o câncer podem gerar, sob o diagnóstico inicial, recomenda-se procurar um cardiologista para acompanhar os procedimentos e cuidar do coração.
Um estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, descobriu uma nova fórmula para evitar o hipertireoidismo exógeno, o qual, futuramente, pode prevenir doenças cardiovasculares.
Para entender o seu efeito e associação ao coração, é preciso saber o que é a tireoide.
Tireóide é a glândula localizada na parte anterior (da frente) do pescoço, próxima à traqueia. Os hormônios produzidos por ela — T3 e T4 — têm a função de agir no metabolismo para regular o gasto energético e a temperatura corporal, interferindo no nosso peso, humor, memória e, até mesmo, na fertilidade.
O descontrole dela pode causar alteração na frequência cardíaca com a possibilidade de desencadear uma arritmia. Como o coração é um órgão que trabalha com muita intensidade, a força da contração do músculo associada ao crescimento desenfreado da tireóide pode causar graves problemas cardiovasculares a médio prazo.
Os médicos e pesquisadores responsáveis pela pesquisa investigaram os papéis do TSH (hormônio estimulante da tireoide) e dos níveis de tiroxina livre (T4l) em 701.929 adultos.
A média de idade dos participantes era de 67 anos, sendo 88,7% do sexo masculino, que são os mais propensos ao crescimento desenfreado da glândula tireoidiana. Ao longo do estudo, 10,8% dos pacientes com alterações na tireóide morreram em decorrência de doenças cardiovasculares.
Sendo assim, a descoberta feita pela universidade norte-americana ressalta que, tanto o sub tratamento quanto o super tratamento, foram associados a resultados cardiovasculares adversos. Isso significa que a função da tireoide dos pacientes precisa ser monitorada de forma contínua, apontando também que 60% das pessoas que não são diagnosticadas cedo com a doença, desenvolvem doenças cardíacas.
A intensidade do tratamento com hormônio tireoidiano é um fator de risco modificável para fibrilação atrial e acidente vascular cerebral (AVC). No entanto, pouco se sabe sobre a associação com mortalidade cardiovascular, o que tem levado os médicos à terapia hormonal para tratar esses pacientes.
Pesquisadores seguem afirmando que há uma possibilidade de o estudo revelar como utilizar o mesmo hormônio para tratar pacientes que já tiveram AVC, infarto ou alguma complicação no coração, bem como informam que é possível realizar um tratamento adequado nessas pessoas com o TSH.
No Brasil, 15% da população acima dos 45 anos sofre com problemas de tireóide, de acordo com o Instituto YouGov. 7 em cada 10 dos pacientes diagnosticados com hipertireoidismo são homens acima de 35 anos.
Para prevenir e realizar os tratamentos adequados, realizar o check-up periódico é a chave. Por meio dele, identificam-se potenciais doenças para tratar desde o início, diminuindo as chances de complicações ou agravamento do quadro.
Há pouco mais de uma década, um medicamento virou febre no Brasil após supostamente ter tido o aval dos médicos e cardiologistas para apoiar no emagrecimento, levando até mesmo pessoas não diabéticas a utilização, pois prometia perda de peso rápida e “saudável”.
As farmácias venderam o estoque de um mês em uma semana, o que chamou a atenção da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que afirmou: “o uso do produto para qualquer outra finalidade, além de antidiabético, caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população.”
Na mesma época, outras novidades surgiram no mercado com a promessa de emagrecimento em poucas pílulas, como divulgou um recente levantamento da Interfarma.
Assim, muitas pessoas continuaram consumindo sem prescrição médica e colocando a saúde em risco, como mostra uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), a qual constatou que essa droga é de alto risco para quem luta contra a balança, mas que age de forma correta no organismo dos diabéticos.
Para alertar e informar sobre o uso de medicamentos controlados por diabéticos, o Centro de Excelência conversou com o Dr. Jeffer de Morais, diretor de cardiologia clínica do Grupo Sirius, quem revela o que e em quais situações é recomendado e quais são os perigos para quem faz uso sem orientação médica.
Quais são os critérios para pessoas diabéticas utilizarem algum medicamento para emagrecer?
Sabendo que boa parcela dos pacientes diabéticos, principalmente do tipo 2, estão associados à obesidade, recomenda-se que percam peso para auxiliar no tratamento e evitar maiores complicações de saúde.
Dessa forma, o Dr. Jeffer explica que os medicamentos emagrecedores são recomendados em casos extremos para apoiar na redução inicial. “Esses são os critérios para a prescrição, porém o paciente não deve depender exclusivamente deles, é preciso mudar a mentalidade e cuidar da saúde como um todo, adquirindo bons hábitos alimentares e realizando atividade física”, ressalta.
Para evitar complicações, não faça uso de medicamentos sem a prescrição e o acompanhamento médico.
Por definição, o pai pode ser biológico, de criação ou adotivo. Mas também estendemos para as relações interpessoais, no cuidado que demonstra para as pessoas à volta dele.
Amar e educar estão entre as atribuições dele, mas não param por aí. A preocupação com o desenvolvimento e o cuidado integral com a saúde também se destacam.
Dentre as maiores virtudes de um pai estão a lealdade, o aconselhamento, a generosidade, a confiança, entre tantas outras.
Para homenagear esse pai de tantas facetas, o Centro de Excelência escolheu o Dr. Marcelo Palazzi, cardiologista do Grupo Sirius, que representa todos os pais do corpo clínico e de pacientes.
A prova de que o pai é além do sentido biológico
Há quase uma década no Grupo Sirius, o cardiologista Marcelo Bruno Palazzi atende cerca de 450 pacientes todos os meses.
São pessoas de todas as idades que passam por consultas para tratar do coração, mas que acabam construindo uma relação de amizade com ele.
Conhecido por atender famílias inteiras — dos avós aos netos — chega a ser motivo de brincadeira pela sua pouca idade e tanta bagagem de experiência e histórias.
A relação familiar e como a paternidade influencia na carreira
Pai de duas jovens, Natasha e Giovanna, o Dr. Marcelo diz que “ser pai para mim é um caminho possível para aprendermos a amar. É viver o que há de mais nobre no relacionamento humano: o respeito, o querer bem, o se importar.” Além de ter impulsionado a sua carreira.
“Melhorou a minha sensibilidade e o nível de importância a certas informações reveladas por nossos pacientes. Inclusive gosto sempre de ilustrar esse assunto com uma passagem de meu trabalho: certa vez, minhas filhas adoeceram, ficaram bem debilitadas, mas se recuperaram sem precisar de internação. Nesse período atendi um paciente, cujo filho também havia adoecido, porém não teve a mesma sorte e veio a falecer. Senti em mim a sua dor e, literalmente, estive junto com ele naquele momento.”
“Conseguimos ser pai quando nos tornamos o melhor amigo de nossos filhos.” (Dr. Marcelo Palazzi)
Servindo como uma inspiração para as suas filhas, investe no aconselhamento vocacional, impulsionando-as na carreira para escolherem o que mais tivessem orgulho de fazer. Porque, para o Dr. Marcelo, a paternidade amplia a responsabilidade e o comprometimento com a profissão não apenas para buscar mais recursos financeiros como também para alcançar a excelência do trabalho, principalmente para ser um exemplo a elas.
“Vivenciar a decisão delas ingressando na minha área de atuação profissional traz uma alegria especial. Mostra que me reconhecem também profissionalmente, motivando-me a melhorar e atuar em outro campo do universo que compreendo ser pai. Agora, sou um colaborador profissional”, evidencia.
Neste círculo de engrandecimento mútuo e experiências únicas, Natasha e Giovanna Palazzi deixam sua homenagem ao pai.
Este depoimento é dedicado ao meu pai, meu melhor amigo e meu médico cardiologista. Meu pai sempre foi um grande profissional, tanto em relação ao seu entendimento sobre cardiologia quanto ao seu atendimento humanizado. Meu pai é muito gentil e educado com seus pacientes e o que mais me inspira nele é que ele faz sua consulta parecer uma “casa/um conforto” para seus pacientes. Eles confiam muito no meu pai, porque ele realmente sabe muito sobre cardiologia. Durante a faculdade quando eu não entendia uma matéria de cardiologia, a primeira pessoa que eu ia direto pedir ajuda era ele, porque além dele ser um excelente médico, eu o considero um excelente professor também! Eu tenho certeza que seus pacientes são tão fiéis e que nunca trocam de médico porque realmente meu pai se esforçou muito para estar onde ele está agora sendo um brilhante profissional da saúde e salvando várias vidas ameaçadas pelas doenças cardiovasculares. Você, pai, é uma inspiração para mim e para todas as pessoas que convivem com você! Eu te amo muito! Obrigada por todos os ensinamentos, pai! (Natasha Zombini Palazzi, fisioterapeuta)
Começo este depoimento dizendo que meu pai é um grande exemplo de profissional na área da saúde, não só pela capacidade teórica e prática, mas também pelo atendimento em si. Eu tive a oportunidade de acompanhá-lo em algumas consultas e vê-lo com os seus pacientes, sendo uma verdadeira inspiração e que me deu uma força diferente para enxergar a Medicina de uma forma mais humana, algo que eu pretendo levar comigo quando chegar a minha vez de atender meus pacientes. Eu admiro muito o equilíbrio que meu pai consegue chegar em relação ao profissionalismo e a empatia, o que torna ele além de um ótimo profissional, um ótimo ser humano. Tenho muito orgulho de tudo o que ele construiu e vem construindo com tanto esforço, dedicação e amor. No fim, o mais importante no final do dia é viver intensamente e fazer o que você gosta em sua potência máxima e acredito que meu pai faz isso todos os dias. (Giovanna Zombini Palazzi, estudante de Medicina)
Na figura do Dr. Marcelo Palazzi, o Centro de Excelência deseja um feliz dia dos pais a todos!
Muitos pacientes oncológicos quando recebem o diagnóstico de um câncer automaticamente focam o seu pensamento no medo mais aparente no tratamento: a perda de cabelo. No entanto, existem outras preocupações relacionadas não só ao diagnóstico, mas ao processo no tratamento que pedem atenção especial. Entre elas está a saúde cardíaca e é exatamente este o papel do médico cardioncologista. Dr. Jorge Henrique Yoscimoto Koroishi, médico cardiologista do Grupo Sirius, é o nosso especialista convidado para explicar um pouco mais sobre essa área de atuação.
“As reações do organismo à quimioterapia podem incluir o desenvolvimento da hipertensão arterial. É um possível efeito colateral do tratamento e que deve ser acompanhado por uma equipe cardiológica. Aqui entra o meu trabalho como cardioncologista: cuidar do coração do paciente que está passando por um câncer, esteja ele localizado onde estiver”, explica o especialista.
O acompanhamento ao paciente pode começar tão logo o diagnóstico é recebido e o tratamento adequado é prescrito. Isso porque a Cardioncologia é a área responsável não só pelo tratamento de possíveis efeitos ao tratamento, mas também responde pela prevenção deles. “Nem todo paciente oncológico necessariamente vai desenvolver problemas cardíacos e cabe a nós, cardioncologistas, traçar o melhor caminho para prevenir que eles apareçam”, continua Dr. Jorge.
Não é raro, inclusive, que o acompanhamento cardioncológico seja mantido mesmo depois do término do protocolo de tratamento do câncer. Isso acontece porque algumas medicações oferecem risco de acidentes cardiovasculares mesmo após serem finalizadas. É fundamental manter as consultas periódicas, sempre feitas de acordo com o especialista.
“Existe muita vida no câncer. E qualidade de vida também é nosso papel como cardioncologistas. Um coração saudável aumenta a qualidade de vida e longevidade desses pacientes e é por essa qualidade que trabalhamos”, finaliza.
Quando citamos o termo nuclear, a maioria das pessoas podem ficar assustadas por ser algo exatamente perigoso e nocivo para nossa saúde. Isso é verdade, mas esse material, quando usado por profissionais capacitados, pode contribuir para o nosso bem-estar.
Tanto é que está cada vez mais comum o uso da medicina nuclear para obter um diagnóstico mais preciso de doenças coronárias.
O teste é solicitado após o paciente apresentar sintomas de angina ou alterações no exame ergométrico para isquemia. Por meio de uma análise cintilografia do miocárdio, é possível encontrar e identificar a doença.
“O exame de cintilografia do miocárdio é importante para diagnósticos de obstruções cardíacas em pacientes com exame de teste ergométrico alterado ou pacientes de alto risco cardiovascular. Também é importante para acompanhamento de pacientes pós Stents coronários ou cirurgias de ponte safena.”, explica o Dr. Jeffer de Morais, diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius.
O cardiologista ainda esclarece situações onde a medicina nuclear é ainda mais importante dentro da visão da clínica. “Pacientes com bloqueios de ramo direito ou esquerdo — uma anomalia comum que pode provocar atraso na condução do impulso elétrico no ventrículo cardíaco —, pessoas que não conseguem fazer o exame de esteira ou tem dificuldades para caminhar por terem doenças osteomusculares, são beneficiadas por essa opção, obtendo um diagnóstico mais preciso.”
Histórico da medicina nuclear
Essa ferramenta é mais antiga do que se pode imaginar. Em 1898, Marie Curie descobriu a existência de elementos radioativos, que foram chamados de isótopos naturais.
Entretanto, foi apenas após o início da evolução tecnológica, em 1946, que começaram a produção de equipamentos para exames com o uso de cristal de iodeto de sódio ou cristal de cintilação (por isso o nome cintilografia).
A medicina nuclear pode trazer certas preocupações, mas isso só acontece pela falta de conhecimento em geral. Dr. Morais explica que há baixo risco aos pacientes quando esse modelo é aplicado.
“Todo medicamento pode trazer efeitos alérgicos, aqui nos utilizamos Tecnécio ou Tálio, mas isso acontece em casos muito raros. Não são conhecidas sequelas no uso de medicina nuclear. Os medicamentos são radioativos de meia vida que saem do organismo depois de algumas horas da aplicação.”
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, o Brasil conta com 436 pontos que utilizam a medicina nuclear, considerando hospitais, clínicas e centros de pesquisas, os quais realizam cerca de 2 milhões de procedimentos por ano.
Porém, o país enfrenta dificuldades de expansão na área por não ser autossuficiente na produção de Tecnécio ou Tálio. É necessário um investimento na fabricação desses elementos e educação para mais brasileiros dominarem a técnica e o uso do reator nuclear.