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Saiba tudo sobre a Amiloidose

O nome complicado refere-se a um diagnóstico raro, mas que atinge cerca de 3 mil pessoas todos os anos somente nos Estados Unidos e que teve a primeira descrição na literatura médica há cerca de 200 anos. Alguns profissionais denominam de “doença”, enquanto outros preferem descrevê-la como uma “condição sistêmica”. Seja qual for a nomenclatura, a amiloidose tem como característica principal o acúmulo de proteínas anormais (amiloides), no corpo. Ao contrário das proteínas normais, elas são insolúveis e podem ser depositadas nos órgãos e tecidos. Os sintomas dependem dos órgãos afetados e podem incluir inchaço, fadiga, fraqueza, falta de ar, dormência e formigamento ou dor nas mãos ou nos pés, etc. Felizmente, cada vez mais tem-se descoberto sobre ela e, quando levada ao público, maiores são as chances de um diagnóstico ainda no início da doença. 

Quando há deposição das fibrilas proteicas no músculo cardíaco, temos a amiloidose cardíaca (também conhecida como síndrome do coração rígido), seu diagnóstico requer alto grau de expertise clínica para que seja feito de forma precoce, pois se não for tratada, pode evoluir de forma progressiva e letal. 

Importante informar que amiloidose não é contagiosa, ou seja, um paciente que é acometido pelo diagnóstico pode, e deve seguir a vida social naturalmente, sem medo de contaminar os demais. Dito isso, o alerta para o desenvolvimento da amiloidose fica para a hereditariedade (quando pessoas da mesma família já apresentaram o diagnóstico anteriormente), idade (a maioria dos casos acomete indivíduos acima de 50 anos), pacientes renais (especialmente aqueles que passaram por diálise prolongada), pacientes com diagnósticos de inflamações crônicas, como artrite e doença de Crohn, além de pacientes diagnosticados com Mieloma Múltiplo. Ao se identificar com esses grupos de riscos, faz-se necessário o controle preventivo a fim de detectar a amiloidose o mais cedo possível. 

As principais repercussões clínicas, que alertam para o diagnóstico, comprometem rins, pulmões e coração e são reconhecidas tardiamente, por isso apresentam pior evolução. 

Como muitas das doenças e condições raras, o diagnóstico da amiloidose pede investigação minuciosa em pacientes sintomáticos, especialmente porque os sintomas são — a princípio — semelhantes ao de tantos outros diagnósticos. Entre eles estão: 

● Perda de peso sem motivo aparente;

● Fadiga mesmo em repouso; 

● Falta de ar; 

● Inchaço nos membros inferiores; 

● Urina espumosa; 

● Formigamento nas mãos e/ou pés; 

● Constipação e diarreia de modo alternado; 

● Aumento da língua; 

● Formação de hematomas sem motivo aparente, especialmente ao redor dos olhos. 

As doenças amiloides são classificadas de acordo com o padrão e a extensão do depósito. Quanto ao padrão, podem ser divididas em adquiridas ou hereditárias. No que tange à extensão, os depósitos dessas proteínas anormais podem ser: localizada, com depósitos presentes em um único órgão ou sistêmica, quando afeta vários órgãos.  

Até o momento, foram identificadas 36 proteínas amiloidogênicas nos seres humanos, das quais 19 associam-se exclusivamente à doença localizada e 14 parecem estar consistentemente associadas amiloidose sistêmica. Curiosamente, pelo menos 3 tipos de proteínas podem ocorrer como depósitos localizados ou sistêmicos.  

O coração é comprometido em 50% dos casos de amiloidose, sendo que, dessas ocorrências, 5% são de forma localizada, ou seja, exclusivamente no sistema cardíaco, sem afetar outros órgãos. 

Os tipos mais comuns de amiloidose costumam ser definidos de acordo com suas proteínas precursoras. É válido ressaltar que a gravidade e a frequência do comprometimento cardíaco variam de acordo com as fibrilas depositadas na estrutura do coração. As mais encontradas na doença cardíaca são a transtirretina (TTR), que pode ser a hereditária ou senil; também chamada de selvagem e a imunoglobulina de cadeias leves (AL).  Assim, existem três tipos de  amiloidose cardíaca:  TTR selvagem, TTR hereditária e AL. 

A amiloidose cardíaca TTR senil é a mais frequente das três, especialmente em idosos e ocorre por anomalias no desdobramento e deposição da TTR, sem envolver mutação. A doença TTR hereditária, por outro lado, é uma doença genética com padrão autossômico dominante, sendo observada em pacientes mais jovens do que naqueles com a forma senil. 

Também chamada de primária, a amiloidose AL é a forma mais comum da doença sistêmica e está associada a um defeito na produção de imunoglobulina pelos plasmócitos. Pode ocorrer espontaneamente, mas é habitualmente associada a outros distúrbios sanguíneos, como mieloma múltiplo. 

O diagnóstico de amiloidose é baseado na demonstração histológica do depósito tecidual de amiloide por meio de coloração específica e é classicamente realizado pela coloração com vermelho-Congo, que, sob microscopia polarizada, apresenta uma birrefringência verde. Nem sempre as fibrilas amiloides são identificadas à microscopia eletrônica e, na verdade, seu achado isolado também não permite a confirmação diagnóstica. 

A biópsia deve ser preferencialmente realizada no órgão suspeito de infiltração amiloide, levando em consideração os riscos de complicações relacionadas a sangramento, a biópsia de reto ou de gordura subcutânea são as menos invasivas, com positividade de mais de 90% tanto nas formas primárias quanto secundárias. Outros sítios passíveis de biópsias são a gengiva e a medula óssea, que possuem sensibilidades de 80% e 50%, respectivamente. O uso de anticorpos dirigidos contra as proteínas fibrilares amiloides, por imunofluorescência e imunoperoxidase, pode facilitar a sua identificação. Porém, a positividade à imuno-histoquímica do amiloide não constitui método isolado de diagnóstico, havendo também a necessidade da confirmação pela coloração com vermelho-Congo. 

Mesmo rara, a amiloidose tem tratamento — especialmente quando descoberta ainda em fase inicial — consiste em controlar os sintomas que trazem mal-estar ao paciente e interromper a produção da proteína que causam a doença. 

Até o momento, a história natural da amiloidose sistêmica apresenta prognóstico e desfecho ruins, principalmente devido ao início tardio do tratamento. O reconhecimento precoce dessa doença, prevenindo o depósito de amiloide nos órgãos, é um dos fatores mais importantes para sua boa evolução. 

Os tratamentos disponíveis variam de acordo com a sintomatologia ou quadro clínico, a idade e até mesmo o tipo de proteína amiloide predominante. Drogas utilizadas na insuficiência cardíaca; uso de marca-passo nos distúrbios de condução; quimioterápicos para dissolução dos depósitos existentes e a redução da formação dos amiloides são opções nos casos de amiloidose cardíaca. 

É importante realizar o tratamento indicado pelo profissional de saúde não só para impedir maiores danos ao órgão ou sistemas afetados, mas também para promover mais qualidade de vida ao paciente. 

7 mitos sobre doenças cardíacas

*Dr. Jeffer de Morais, diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius 

Quando se fala em doenças cardiovasculares existem muito mais mitos do que verdades por aí. Parte deles surgem quando “um amigo me disse que ouviu de uma outra pessoa que tem um conhecido que trabalha com um médico da Universidade X”. Aos profissionais da saúde cabe derrubar o que é mito e trazer a verdade para a superfície, que é o que faremos a seguir, com sete mitos sobre doenças cardiovasculares. 

MITO 1: APENAS OBESOS PODEM DESENVOLVER DIAGNÓSTICOS CARDÍACOS 

A verdade é que obesidade é apenas um fator de risco a mais no desenvolvimento de diferentes diagnósticos cardiovasculares e pode, sim, contribuir para que eles apareçam. Mas é errado dizer que APENAS obesos podem, por exemplo, infartar. Pessoas sem comorbidades também infartam. 

MITO 2: COM CERTEZA SEREI HIPERTENSO PORQUE TENHO CASOS NA FAMÍLIA Genética é fator para desenvolvimento da doença, mas certamente não é o único e nem o principal. 

MITO 3: DESCANSAR E NÃO FAZER NADA É O MELHOR REMÉDIO PARA O CORAÇÃO 

Descanso é diferente de sedentarismo. Você pode descansar caminhando no parque, praticando natação, passeando com o seu cachorro, dançando em casa. Descanso não significa sentar por horas à frente da televisão; descanso significa pausa nas atividades que causam estresse, e não inatividade física. Sedentarismo, diga-se de passagem, é uma das principais causas de diagnósticos cardiovasculares. 

MITO 4: MULHERES MORREM MUITO MAIS DE CÂNCER DE MAMA DO QUE DO CORAÇÃO 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, dados de 2020, cerca de 54% das mulheres que vêm a óbito são por conta de doenças cardiovasculares, contra 14% de mortes oriundas do câncer de mama. Curiosamente, quando questionadas sobre como acreditam que vão morrer, 65% das mulheres respondem “câncer” contra 15% que afirmam que morrerão por doenças cardíacas. 

MITO 5: MORTE SÚBITA ACONTECE APENAS COM QUEM JÁ TEM CONDIÇÕES CARDÍACAS PRÉ-EXISTENTES 

Grande parte das chamadas mortes súbitas acontecem com pessoas saudáveis, sem que nenhum diagnóstico tenha sido fechado em exames preventivos. Algumas dessas mortes, inclusive, acontecem em bebês de até dois anos de idade, sem causa aparente. 

MITO 6: PACIENTES QUE SOFREM COM ARRITMIAS CARDÍACAS NÃO PODEM PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA 

Não só podem como devem. A única questão a se prestar atenção é que um médico cardiologista deve avaliar o paciente, indicar qual é o tipo de atividade física que ele pode fazer e acompanhar de perto a evolução e saúde cardíaca dele. 

MITO 7: UMA PESSOA QUE SOFRE UMA PARADA CARDÍACA VAI MORRER 

Nem toda parada cardíaca é fatal. As chances de sucesso de sobrevivência do paciente são maiores quando o socorro é imediato. Cada segundo conta, realmente; a cada minuto de atraso na ajuda ao paciente ele perde 10% de chance de sobrevivência, daí a importância de lugares públicos terem desfibriladores portáteis, por exemplo. 

Coração: que órgão é esse?

*Dr. Jeffer de Morais, diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius 

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. “Eu sei essa música de cor”. “Só se vê o bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”. Poderíamos citar inúmeras frases, reflexões e poemas envolvendo o coração, órgão que muitos relacionam diretamente ao amor e às emoções. Mas o coração vai muito além da emoção; ele é fundamental para a nossa sobrevivência.  

45 segundos. Esse é o tempo que o sangue demora para percorrer todo o organismo, fruto da batida do coração. Sem o sangue circulando não conseguimos manter a oxigenação celular, não mantemos a temperatura do corpo e, portanto, não nos mantemos vivos. Ainda que seja composto por tecido muscular, o correto é dizer que o coração é um órgão e não apenas músculo. Ele está localizado no centro da cavidade torácica, levemente inclinado para a esquerda, em uma região denominada mediastino. Sim, você leu corretamente: o coração fica no centro do peito, contrariando a famosa música que diz que “amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito”. A forma anatomicamente correta seria “amigo é coisa pra se guardar no mediastino do peito”, mas talvez a licença poética permite esse “erro”. 

Dividimos o coração em quatro partes: dois átrios e dois ventrículos, sempre usando a denominação direita e esquerda para melhor compreensão. Na metade direita deste órgão circula apenas sangue venoso (rico em dióxido de carbono e pobre em oxigênio) e na parte esquerda circula apenas sangue arterial (rico em oxigênio a ser transportado ao resto do corpo). A distribuição e passagem correta desses dois tipos de sangue é coordenada por meio de válvulas que abrem e fecham em um meticuloso “ballet” que permite que os sangues não se misturem e nem sejam distribuídos erroneamente.  

E ainda que seja um órgão aparentemente simples, é complexo em suas funções e vital para a nossa sobrevivência. E ainda assim, tão negligenciado: a cada 90 segundos morre no Brasil uma pessoa decorrente de problemas cardíacos. Muitos deles, evitáveis. Esse é um dado que temos o poder de mudar e para isso basta mais cuidado. Cuidado com a alimentação, com o estresse, com a qualidade do sono. Cuidado com a atividade física (sempre tão deixada de lado).  

Autocuidado e alto cuidado. O coração agradece e pulsa. Por você e pra você. Cuide bem dele. 

Cuidar do seu coração é mais fácil do que você pensa, acredite

*Por Dr. Jeffer de Morais, diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius 

Quando falamos em saúde cardíaca é muito comum relacionar a assuntos complexos, que envolvam diagnósticos difíceis, procedimentos delicados e risco de morte. Como profissional da saúde afirmo: é completamente o contrário.  

Cuidar da saúde do coração é, claro, realizar anualmente exames preventivos — cardiológicos e gerais, mas vai muito além. Arrisco a dizer que exames preventivos te ajudam a chegar ao diagnóstico para que o tratamento tenha mais chances de sucesso, mas não impedem que você desenvolva qualquer tipo de diagnóstico. O que é, então, de fato funcional quando se fala em cuidado com a saúde? Tudo aquilo que você pratica — ou deixa de praticar — no seu dia a dia. Estudos que são conduzidos em diversas universidades renomadas ao redor do mundo já comprovaram o que muitos médicos já observavam na prática: o estilo de vida impacta diretamente na saúde física e mental de cada paciente.  

Estilo de vida vai muito além dos seus padrões financeiros e hábitos de consumo, como muitos pensam. O termo “lifestyle” passou a ser usado erroneamente na definição de poder aquisitivo quando, na verdade, deveria se relacionar apenas aos seus hábitos. Na Medicina, o termo já vem sendo aplicado como Medicina do Estilo de Vida e baseia-se em seis diferentes pilares, coincidentemente (ou não), os mesmos que atuam diretamente na saúde do coração: 

– Alimentação: “desembale menos, descasque mais” é o lema a ser seguido por aqueles que desejam uma alimentação saudável de fato. Inserir o máximo de alimentos in natura e deixar de lado os ultraprocessados ou industrializados auxilia na manutenção do músculo cardíaco e suas funções; 

– Higiene do Sono: experimente deixar uma máquina funcionando sem parar, sem descanso. Certamente, sua vida útil será menor do que aquela que é desligada ao fim do dia. O mesmo vale para o nosso organismo; o sono é o momento em que o corpo se recupera da correria do dia, descansa a mente e se carrega para a jornada no dia seguinte. Uma higiene do sono sem qualidade faz com que os sistemas não consigam o repouso que precisam e isso pode afetar o coração; 

– Manejo do estresse: o estresse é inerente à vida moderna, mas pode ser controlado. Em excesso, afeta a pressão arterial e os batimentos cardíacos, por isso é preciso cuidado. Evite se colocar em situações de estresse extremo e quando elas acontecerem, respire fundo e controle-se; 

– Controle de tóxicos: tabaco e álcool são inimigos da vida saudável, especialmente quando consumidos sem moderação. Um cálice de vinho realmente não faz mal a ninguém, mas o mesmo não pode se dizer sobre uma garrafa inteira. Parcimônia no consumo de álcool. O cigarro? Você pode viver sem ele; 

– Prática de atividade física: experimente tentar ligar um carro que ficou por muitos meses parado. Certamente você não conseguirá ou precisará de inúmeras tentativas. A bateria pode, por exemplo, arriar. O mesmo acontece com o nosso corpo. Precisamos de movimento, de atividade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física semanal. Divida pelos sete dias da semana e temos pouco mais de 21 minutos de atividade por dia. Vinte minutos a menos na televisão podem impedir que você sofra um infarto no futuro; 

– Relacionamentos interpessoais: “é impossível ser feliz sozinho”, diz a música. Realmente. Solidão já é comprovadamente tão nociva à saúde quanto fumar 15 cigarros em um único dia, revelou um estudo conduzido pela Harvard Medical School. Precisamos, portanto, dar atenção aos nossos relacionamentos e criar laços verdadeiros. Saber que temos com quem contar é,sim, saudável para o nosso coração. 

Não é difícil, portanto, cuidar do coração. É preciso fazer da manutenção da saúde um hábito. Tão comum e essencial quanto escovar os dentes três vezes ao dia. 

Mais comum do que a Medicina gostaria, doenças do coração são responsáveis por quase 50 mortes por hora do Brasil

Os números assustam: 17,5 milhões de pessoas morreram do coração no último ano, de acordo com a última pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde no dia 29 de setembro de 2021, dia do coração. Muitas vidas poderiam ser poupadas nesse montante se houvesse mais conscientização sobre a importância de cuidar da saúde cardíaca, mas ainda é grande o número de pacientes que sequer buscam atendimento especializado ou cuidam de seus hábitos como forma de prevenção.  

Aliás, é importante dizer aqui: muitas das doenças do coração poderiam ser evitadas se mudássemos o nosso estilo de vida, adotando práticas alimentares saudáveis, incluindo atividade física regular, controlando o estresse e consumo de tóxicos e dando atenção à higiene do sono. Outro fator decisivo que impacta no número de óbitos que poderiam ser evitados: o conhecimento. Saber quais são as principais doenças cardíacas e seus sintomas faz com que o paciente busque por um especialista e evite maiores danos.  

Conheça, agora, quais são as cinco doenças cardíacas mais comuns e seus sintomas. E lembre-se: ao menor sinal de que algo não vai bem, procure um cardiologista. 

1- Hipertensão Arterial: 

O nome técnico pode parecer desconhecido para alguns, mas “Pressão Alta” °— seu nome popular — descreve uma das doenças mais comuns relacionadas ao coração. Mais de 30% da população mundial (1 bilhão de pessoas, pelo menos) apresenta índices acima dos 130 x 80 mmHg. Entre os sintomas estão tontura, visão embaçada e dores de cabeça, mas é preciso alertar que ela pode ser assintomática — daí a importância dos exames preventivos. 

Vale dizer: mudanças no estilo de vida (alimentação saudável e com pouco sal e prática constante de exercícios) é o primeiro tratamento indicado em casos de hipertensão leve, quando os índices não ultrapassam 130 x 90 mmHg. 

2- Infarto Agudo do Miocárdio: 

Excesso de gordura não é um problema unicamente estético. Ele afeta diretamente a saúde do coração, especialmente quando o excesso de gordura impede a passagem do sangue das artérias para o órgão, ocasionando o que popularmente conhecemos como Infarto, mas cujo nome completo é Infarto Agudo do Miocárdio. O sintoma clássico é a dor aguda no peito, mas é preciso atentar-se aos pequenos sinais que o corpo dá: falta de ar, tontura, enjoo, sudorese.  

Importante: se você tem casos na família de pacientes que infartaram, atente-se aos exames preventivos cardiológicos anuais.  

3- Insuficiência Cardíaca: 

Essa é uma das doenças que pode se desenvolver em pacientes hipertensos, embora não seja apenas a hipertensão um fator de risco.  

Caracterizada pela dificuldade do músculo cardíaco em bombear sangue para o resto do organismo, a insuficiência cardíaca impacta no rendimento respiratório do paciente — deixando-o ofegante mesmo quando em repouso e causa inchaço nos membros inferiores.  

4- Arritmias Cardíacas: 

Um indivíduo adulto, em torno dos 35 anos e sem nenhuma comorbidade tem entre 60 e 100 batimentos cardíacos por minuto, conhecidos como “bpm”, quando em repouso. No entanto, esses números oscilam quando em situações de estresse, durante práticas esportivas ou em movimento, ainda que leve ou moderado.  

Considera-se arritmia cardíaca, ou seja, batimentos cardíacos irregulares quando os valores em repouso estão acima ou abaixo do intervalo médio. Bradicardia é o nome que se dá quando os batimentos estão abaixo do considerado normal e Taquicardia é quando os batimentos estão acelerados. Os sintomas variam de acordo com diagnóstico, mas é comum relatos de falta de ar, coração acelerado (no caso de Taquicardia) e respiração ofegante.  

5- Endocardite: 

O nome é complicado, mas o diagnóstico nem tanto: uma inflamação no tecido interno do coração causado por fungos ou bactérias, inclusive de bactérias que vivem na mucosa bucal e entram na corrente sanguínea, instalando-se nas paredes internas do coração. 

Febre e tosse persistentes e pele empalidecida são alguns dos sintomas da Endocardite, que pede tratamento rápido para não comprometer a saúde geral do paciente. 

De partir o coração: conheça 10 celebridades que morreram por problemas cardíacos 

*Por Dr. Jeffer de Morais, Diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius 

Algumas doenças que acometem o coração podem ser silenciosas ou apresentar sintomas tão sutis que passam despercebidas. Junte a isso o fato de que a vida corrida muitas vezes faz com que a saúde seja negligenciada e exames preventivos fiquem sempre para depois. A verdade – nua e crua – é que muitas vezes “depois” pode ser tarde demais.  

No mundo inteiro são milhares de pessoas que morrem todos os anos por causas oriundas de doenças do coração. E nessa triste estatística estão alguns dos maiores ídolos de diferentes gerações. Apresento a vocês 10 celebridades que morreram por problemas cardíacos – e que talvez você nem saiba: 

1- Carmen Miranda (1955): 

Nascida em Portugal, mas naturalizada brasileira, Carmen Miranda foi uma das personalidades a divulgar o Brasil mundialmente, tornando-se a primeira sul-americana a ganhar uma estrela na calçada da fama. 

Aos 46 anos, no entanto, um infarto fulminante tirou a vida da estrela. 

2- Mussum (1994): 

Quem cresceu nas décadas de 80 e 90 certamente dedicou parte de seu tempo emmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm assistir Os Trapalhões, humorístico idealizado por Renato Aragão, o famoso Didi. Um dos membros do time era Mussum, um dos personagens mais queridos do quarteto. O ator Antonio Carlos Bernardes Gomes, que deu vida a Mussum, foi vítima de complicações decorrentes de um transplante do coração e faleceu aos 53 anos. 

3- Jogador de futebol, Serginho (2004): 

Paulo Sérgio Oliveira da Silva, mais conhecido como Serginho, atuava como zagueiro no São Caetano quando aos 14 minutos do segundo tempo de uma partida contra o São Paulo, teve um mal súbito decorrente de uma cardiomiopatia hipertrófica. 

4- Bussunda (2006): 

Um dos humoristas mais famosos do Brasil, criador de diversos personagens, foi vítima de um ataque cardíaco aos 43 anos durante a abertura da Copa do Mundo da Alemanha.  

5- Nair Bello (2007): 

Aos 75 anos, uma das veteranas da comédia brasileira perdia a batalha depois de cinco meses internada em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. Vale lembrar que a atriz era fumante de longa data, o que certamente ajudou a agravar seu quadro. 

6- Luiz Lombardi (2009): 

Uma das vozes misteriosas mais amadas do Brasil, Lombardi era o locutor oficial e fiel escudeiro de Silvio Santos. Sem nenhuma comorbidade anterior, Lombardi sofreu um infarto fulminante enquanto dormia, deixando uma legião de fãs de sua voz órfãos do bordão “Oi, Silvio”. 

7-  José Wilker (2014): 

Muito lembrado por Giovanni Imbrotta, seu papel em Senhora do Destino, José Wilker foi um ator celebrado e querido não só por seus colegas, mas pelo grande público. Faleceu enquanto dormia, vítima de um infarto fulminante nos primeiros dias de abril de 2014. 

8- Luciano do Valle (2014): 

No dia 19 de abril de 2014 o Brasil se despedia de um dos locutores esportivos mais conhecidos: Luciano do Valle. O narrador passou mal durante um vôo, a caminho de Uberlândia e foi levado a um hospital, mas não resistiu. A causa da morte foi infarto. 

9- Paulo Henrique Amorim (2019): 

Uma das figuras mais emblemáticas do jornalismo brasileiro (e uma voz inesquecível), Paulo Henrique Amorim faleceu aos 76 anos em sua casa, depois de voltar de um jantar com amigos. O jornalista sofreu um infarto fulminante. 

10- Diego Maradona (2020): 

Um dos maiores jogadores de futebol do mundo, Diego Maradona viveu uma vida de excessos longe dos campos. O uso abusivo de substâncias tóxicas levou o jogador a complicações cardíacas enquanto se recuperava de uma cirurgia cerebral emergencial. Faleceu aos 60 anos. 

Grupo Sirius apresenta a nova unidade Campo Belo, em São Paulo 

O planejamento do ano de 2022 para a expansão da Centrocordis começou antes mesmo do ano novo, em 2021. Para isso, estudos foram conduzidos com o objetivo de entender em qual localização em São Paulo uniríamos os planos de crescimento estratégico da marca ao nosso principal objetivo: levar saúde de qualidade.  

Para a equipe foram apresentadas três opções de bairros paulistanos: Ipiranga, Santana e Campo Belo. Três regiões geograficamente bem interessantes e a nós cabia escolher qual seria o bairro da nova clínica Centrocordis.  

Escolhemos o Campo Belo, na zona Sul, por ser interessante aos negócios e às pessoas: “Optamos pelo Campo Belo por ser uma região de menor número de clínicas, quando comparado aos outros bairros apresentados pela pesquisa. Além disso, a região é o coração da Zona Sul, sendo de fácil acesso: temos metrô, linhas de ônibus, 23 de maio, ainda que para este novo espaço tenhamos pensando no público que tenha planos de saúde com valor mais elevado, seguimos o nosso plano de saúde democrático e isso significa ter uma clínica localizada em lugar de fácil acesso”, explica o Dr. Jeffer Morais, Diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius. 

E foi assim, com rápido planejamento e execução que, no dia 13 de dezembro de 2021 — antes da meta estabelecida para 2022 — inauguramos a Unidade Campo Belo da Centrocordis, um espaço pensado para ser uma clínica além das consultas cardiológicas. Neste novo espaço temos também check-ups cardiológicos, consultas vasculares e exames de Doppler. Tudo com foco em facilitar e melhorar a experiência de nossos pacientes. 

Convidamos você a conhecer nossas novas instalações e cuidar da sua saúde. O ano está apenas começando; você tem muito o que realizar e isso só será possível com um coração saudável. Agende seu check-up! 

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Tudo sobre Angina

Seu doutor diagnosticou suas dores no peito como angina? A angina estável é uma dor ou desconforto torácico que ocorre durante a atividade física. A angina estável geralmente ocorre em situações de esforço e a dor desaparece com o repouso. Já a angina instável surge de repente e não cessa com o repouso, podendo ser um sinal de ataque cardíaco (infarto do miocárdio).

O desconforto na angina geralmente está no centro do peito, atrás do peitoral. Pode sentir-se como pesado, aperto, dor, plenitude, pressão incômoda ou aperto. A dor ou o desconforto podem se espalhar para um ou ambos os braços, ou as costas, pescoço, mandíbula ou estômago. Também pode causar dormência nos ombros, braços ou pulsos.

A angina acontece quando o músculo cardíaco não obtém o sangue e o oxigênio que precisa. É por isso que você sente dor de angina com mais frequência durante o exercício ou o estresse emocional, quando a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam e um músculo cardíaco precisa de mais oxigênio.

Este livro responde muitas questões comuns sobre angina. Para sua saúde, aprenda sobre sua condição e trabalhe com seu médico. Isso pode ajudá-lo a levar uma vida plena e ativa

Como a angina difere do ataque cardíaco

Ambos os tipos de angina são causados pelo fluxo sanguíneo que não atende às demandas do músculo cardíaco. Na angina, a necessidade de aumento do fluxo sanguíneo não é atendida por um curto período de tempo. Quando o aumento da demanda por sangue desaparece, os sintomas da angina desaparecem também.

Com um ataque cardíaco, uma artéria coronária é bloqueada, isso corta o fluxo sanguíneo para parte do músculo cardíaco. A dor torácica resultante geralmente é mais grave e dura mais. E o ataque cardíaco causa danos duradouros.

Enquanto os ataques de angina não causam danos prolongados ao músculo cardíaco, os problemas que causam angina podem levar a um ataque cardíaco. Mas ter angina não significa necessariamente que você terá um ataque cardíaco. Algumas pessoas com angina nunca tiveram um ataque cardíaco. Outros só desenvolvem angina após um ataque cardíaco.

O que causa angina?

Angina e ataque cardíaco têm a mesma raiz: aterosclerose. Este é o acúmulo de substâncias gordurosas (placas), como o colesterol, nas artérias coronárias. A aterosclerose trocar por geralmente começa no início da vida. Todos têm pelo menos algumas pela meia-idade.

Diagnosticando angina

Um médico pode diagnosticar o tipo de angina pelos seus sintomas e quando eles ocorrem. Como angina geralmente ocorre quando o coração precisa de sangue extra, a angina pode ser difícil de diagnosticar, os resultados de um exame físico podem ser normais. O mesmo se aplica a um teste chamado eletrocardiograma (ECG ou EKG). É por isso que o seu médico pode recomendar um teste de esforço físico. Isso aumenta a demanda de sangue e oxigênio do seu coração. Um ECG registrado durante um teste de esforço físico pode mostrar se seu coração não está recebendo oxigênio suficiente.

Com base nos resultados do teste, seu médico pode decidir que você precisa de um angiograma coronariano (arteriograma). Este é um raio-x de suas artérias coronárias. Com a ajuda de um corante especial que é injetado em suas artérias, seu médico pode ver o padrao de fluxo sanguíneo. Um angiograma mostra se suas artérias coronárias estão bloqueadas ou estreitadas. Também mostra onde e quão grave é o bloqueio.

Tratando sua angina

O seu médico irá falar com você sobre a melhor forma de tratar sua angina. As próximas páginas falam dos tratamentos de angina mais comuns. Sempre siga as instruções do seu médico de perto ao tomar qualquer tipo de medicação.

Medicamentos

A nitroglicerina é um remédio que alivia ou evita a dor no peito devido à angina. Geralmente é tomado como pequenos comprimidos que se dissolvem sob a língua. Também pode ser tomado como um spray bucal.

A nitroglicerina é barata e atua rapidamente. Se o seu médico prescrevê-la (para você, certifique-se de manter sempre um local fresco e selado com você o tempo todo. Mantenha sempre os seus comprimidos na seu frasco original. A exposição ao calor, à luz e ao ar pode torná-los menos eficazes.

Seu médico pode dizer-lhe que tome um antes de iniciar uma atividade que possa causar dor no peito. Além disso, tome um comprimido se tiver desconforto que não comece a desaparecer dentro de um minuto ou dois depois de interromper a atividade, ou se ocorrer dor quando não estiver ativo.

Algumas dicas a ter em mente:

* Se a dor de angina não desapareceu, ou piorou, cinco minutos depois de tomar um comprimido de nitroglicerina, você pode estar tendo ataque cardíaco. Seu familiares devem ligar 190 ou levar você para o hospital mais próximo.

* Pergunte ao seu médico sobre o reabastecimento de sua receita a cada seis meses. Os antigos comprimidos de nitroglicerina podem perder a força, por isso certifique-se de verificar a data de validade no fransco.

* O seu médico também pode prescrever um tipo de nitroglicerina de ação mais prolongada, isto é tomado ingerido oralmente) ou aplicado à pele.

A nitroglicerina pode dar-lhe uma dor de cabeça ou uma sensação de plenitude na sua cabeça. Muitas vezes isso desaparece depois de usar nitroglicerina várias vezes. Se você tiver esse problema e não melhorar, você pode precisar de uma dose menor. Seu médico também pode prescrever diferentes medicamentos para ajudar a controlar sua angina.

Informe o seu médico o que geralmente causa dor de angina. Então vocês podem falar sobre prevenção. Saiba o que fazer se a nitroglicerina não aliviar totalmente a dor da angina ou se a dor piorar ou ocorrer  com mais frequência.

PCI – Intervenção coronária percutânea

A medicação pode nem sempre controlar sua dor de angina. O seu médico pode sugerir um procedimento chamado intervenção coronária percutânea (PCI). Isso ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo em um vaso sanguíneo estreitado.

Durante a PCI, um cateter com ponta de balão (um tipo de fio fino) é inserido em uma artéria. A ponta é guiada para a seção estreita do vaso sanguíneo. Em seguida, o balão é inflado, isso aplana a placa contra as paredes da artéria e abre o bloqueio. O balão é então desinflado e o cateter é retirado. Esse processo é chamado de angioplastia.

Stent

As artérias abertas pelo PCI podem estreitar novamente ao longo do tempo. Um dispositivo chamado stent é usado para ajudar a reduzir a chance de que isso aconteça.

Um stent é um tubo de malha de arame que adereços abre uma artéria. Para inseri-lo, o stent é recolhido para torná-lo muito pequeno. É colocado sobre um cateter de balão e inserido em uma artéria. Então é guiado para onde está o bloqueio. Quando o balão é inflado, o stent se expande e trava no lugar. Isso constitui um suporte rígido para manter a artéria aberta. O stent permanece na artéria permanentemente. Ele mantém a artéria aberta, melhorando o fluxo sanguíneo e ajudando a aliviar a dor no peito. O stent agora é comum. Seja ou não um stent adequado para você depende de certas características do bloqueio da artéria. Estes incluem o tamanho da artéria e onde o bloqueio é.

Mesmo com um stent presente, o reconexão da artéria (reestenose) pode ser um problema. Para ajudar a evitar isso, os médicos estão usando novos tipos de stents. Alguns deles são revestidos com drogas que ajudam a evitar que o tecido cicatricial bloqueie o vaso sanguíneo. Os stents revestidos podem melhorar o sucesso em longo prazo deste procedimento

Cirurgia

Algumas pessoas com angina continuam a ter dor frequente ou incapacitante. Se os medicamentos ou outros procedimentos não aliviarem sua angina, você pode precisar de cirurgia. Isso também por: pode acontecer se as artérias do seu coração estiverem  seriamente bloqueadas. Seu médico pode recomendar um procedimento chamado cirurgia de revascularização miocárdica. Durante esta cirurgia, uma artéria ou veia (tirada do tórax ou perna) é enxertada na artéria bloqueada, contornando) o bloqueio. Se mais de uma artéria estiver bloqueada, cada uma deve  receber

Foto do casal na praia

Gestão da angina através da mudança do estilo de vida

Alterar alguns de seus hábitos pode ajudar a reduzir as chances de ter dor de angina. As sugestões a seguir podem ajudá-lo a viver mais confortavelmente com angina.

Seja fisicamente ativo

A atividade física moderada pode ajudar a controlar o peso, o estresse e ajudar a diminuir os ataques de angina. Em alguns casos, o exercício diário pode ajudar a diminuir a angina, por ajudar a desenvolver a circulação colateral. Isso acontece quando o corpo aumenta o fluxo sanguíneo para o coração expandindo as artérias nas proximidades.

Pergunte ao seu médico sobre os melhores tipos e quantidades de atividade física para você. Se você ainda tem dor no peito durante o exercício, seu médico pode sugerir que você modifique sua atividade física.

Saiba quais tipos de atividades causam sua angina para que você possa administrar a dor no peito. Muitas vezes é uma questão de quão difícil você se esforça e não por quanto tempo. Algumas pessoas podem caminhar um quilometro ou mais sem desconforto se o fizerem com calma. As mesmas pessoas podem ter dor de angina se caminharem por meio quarteirão rapidamente. Outros podem fazer certos tipos de trabalho manual durante todo o dia, mas um esforço breve e intenso rapidamente traz dor no peito.

Atividades facilmente feitas em clima ameno podem causar desconforto no tórax, se feitas no calor ou no frio. Se isso acontecer, limite suas atividades em clima quente ou frio.Vista-se de acordo com o clima quando você se exercitar ao ar livre.

Se a relação sexual provoca dor de angina, fale com o seu médico. Às vezes, tomar nitroglicerina pode prevenir angina durante o sexo.

Não fume

Fumar é ruim para todos. Se você tem angina ou qualquer tipo de doença cardíaca, pare de fumar. Fumar aumenta a tensão sobre o seu coração. Provoca compressão de vasos sanguíneos. Também faz com que seu coração bata mais rápido, reduz oxigênio em seu sangue e facilita a formação de coágulos. Essas coisas muitas vezes tornam a angina pior e aumentam o risco de ataque cardíaco e outros problemas. Se você fuma, para agora. Se você precisar de ajuda para parar, fale com o seu médico sobre programas, medicamentos ou ambos.

Gerencie sua pressão sanguínea

Ter pressão alta aumenta o risco de desenvolver doenças cardíacas e outros problemas. Isso aumenta a carga de trabalho do coração e pode piorar a angina. Se você tem pressão arterial alta, siga os conselhos do seu médico sobre mudanças de estilo de vida e medicamentos para controlá-la.

Adote hábitos alimentares saudáveis

A digestão faz seu coração trabalhar mais. A dor no tórax pode ser mais provável depois de comer uma refeição pesada. Tente evitar comer grandes refeições que fazem você se sentir recheado. Evite alimentos ricos, pesados ou alimentos que lhe dê angina depois de comê-los. Se você costuma obter angina após as refeições, seu médico pode dizer-lhe que tome nitroglicerina antes de comer.

O peso extra também pode piorar a angina. Para ajudá-lo a perder peso, a maior parte da sua dieta deve provir de frutas, vegetais e alimentos integrais e de alto teor de fibras. Tente comer peixe, como salmão ou truta, duas vezes por semana. Este contém ácidos graxos ômega-3 saudáveis. O seu médico também pode dizer-lhe para reduzir a quantidade de gordura saturada, gordura trans, colesterol, sódio e açúcares adicionados que você come. A angina pode diminuir ou mesmo desaparecer após a perda de peso.

Limite de álcool

Tomar um ou dois drinques por dia ajuda algumas pessoas a relaxar. Beber moderadamente pode não ser ruim para você. Mas beber muito pode ser perigoso. O excesso de álcool afeta o coração. Pergunte ao seu médico a quantidade de álcool que é segura para você beber. Se você está tentando perder peso, limite às bebidas alcoólicas, que podem ser altas em calorias.

Mantenha um registro de Angina

Mantenha um registro de seus sintomas de angina para mostrar como a angina aparece para você e como sua angina muda ao longo do tempo. O registro ajuda o seu médico a regular seus medicamentos e a decidir sobre futuros tratamentos.

Para baixar um modelo de registro de angina, acesse heart.org e digite “registro de angina” (angina log) na barra de pesquisa.

* Nos dias em que você tem angina, preencha a data e o número de vezes que você teve angina naquele dia.

* Anote o que causou sua angina, se houver alguma causa. Os desencadeantes comuns são exercício, emoções, comer uma grande refeição e sair no tempo frio. Se não houver nenhum gatilho, escreva sem desencadeante.

* Use uma escala de 1 a 4 para avaliar sua dor ou desconforto: 1 = leve, 2 = um pouco forte, 3 = grave, 4 = muito grave.

* Observe em quanto tempo a angina passou e o que você fez para isso (como descansar ou tomar nitroglicerina)

* Leve o seu registro com você e mostre ao seu médico a cada visita.

Sinais de alerta de ataque cardíaco

Alguns ataques cardíacos são repentinos e intensos, mas a maioria começa lentamente, com dor leve ou desconforto. Aqui estão alguns dos sinais de que um ataque cardíaco está acontecendo.

*Desconforto no peito. A maioria dos ataques cardíacos envolve desconforto no centro do tórax que  dura mais do que alguns minutos, ou isso desaparece e volta. Pode sentir-se como uma pressão desconfortável, aperto, plenitude ou dor.

* Desconforto em outras áreas da parte superior do corpo Os sintomas podem incluir dor ou desconforto em um ou ambos os braços, nas costas, na mandíbula ou no estomago.

* Falta de ar Isso pode ocorrer com ou sem desconforto no peito

* Outros sinais Estes podem incluir o surgimento de um suor frio, náusea ou tontura.

Tal como acontece com os homens, o sintoma de ataque cardíaco mais comum das mulheres é a dor no peito ou o desconforto. Mas as mulheres são um pouco mais propensas do que os homens a experimentar alguns dos outros sintomas comuns, particularmente falta de ar, náuseas / vômitos e dor nas costas ou no maxilar.

Se você ou alguém que você conhece tem alguns desses sintomas, ligue imediatamente para o 193 Não espere mais de cinco minutos antes de pedir ajuda. Você precisa ir ao hospital imediatamente. (chamar 193 é quase sempre a maneira mais rápida de obter tratamento de salvamento (os primeiros socorros).)

Sinais de aviso de acidentes (Sinais de alerta de AVC)

* Adormecimento repentino ou fraqueza do rosto, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo.

* Confusão súbita, ou dificuldade em falar ou entender

* Súbito problema em enxergar em um ou em ambos os olhos

* problema súbito em caminhar, tontura ou perda de equilíbrio ou coordenação

* Dor de cabeça súbita e severa sem causa conhecida

Se você ou alguém com você tiver um ou mais desses sinais, não demore! Ligue imediatamente para o 190 Além disso, verifique a hora para que você saiba quando os primeiros sintomas apareceram. É muito importante tomar medidas imediatas. Se for administrado dentro de três horas após o início dos sintomas, um medicamento de coagulação pode reduzir as desabilidades a longo prazo do tipo mais comum de AVC.