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Tratamento para Insuficiência Cardíaca: conheça as opções e novas terapias 

Confira opções de tratamento, incluindo terapias tradicionais e avanços com células-tronco para melhorar a qualidade de vida e reduzir complicações 

A Insuficiência Cardíaca (IC), é uma condição séria e progressiva que, de acordo com um estudo realizado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC), afeta 26 milhões de pessoas o mundo, especialmente adultos com mais de 55 anos.  

Apesar de ser uma doença grave, existem medicamentos e terapias que já são utilizados há anos, além de novos procedimentos, como o uso das células-tronco. Neste artigo, exploraremos os principais tratamentos para insuficiência cardíaca. 

O que é Insuficiência Cardíaca? 

A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo.  

A condição pode ser causada por diversos fatores, incluindo hipertensão, diabetes e doenças coronarianas. 

Sintomas da Insuficiência Cardíaca 

Por conta da falta de força para bombear o sangue necessário para o corpo, podem surgir sintomas como: 

  • Cansaço extremo; 
  • Falta de ar; 
  • Inchaço nos membros inferiores; 
  • Redução na capacidade de realizar atividades cotidianas.  

Insuficiência Cardíaca tem cura? 

A insuficiência cardíaca é uma condição crônica que não possui cura, mas há diversas formas de tratamento para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.  

Com o avanço das terapias médicas, é possível estabilizar a condição e reduzir o risco de complicações graves. 

Quais são os tratamentos para Insuficiência Cardíaca? 

1. Medicamentos 

Os medicamentos são a base do tratamento para insuficiência cardíaca. Os mais comuns incluem: 

  • Betabloqueadores: ajudam a reduzir a pressão arterial e a frequência cardíaca, diminuindo a carga de trabalho do coração. 
  • Inibidores da ECA: ampliam os vasos sanguíneos e facilitam o bombeamento do coração. 
  • Diuréticos: eliminam o excesso de líquidos no corpo, aliviando o inchaço e a falta de ar. 

Esses medicamentos são frequentemente combinados para oferecer uma abordagem mais completa, conforme a orientação do médico. 

2. Dispositivos Médicos 

Em casos mais graves, dispositivos médicos podem ser recomendados, como por exemplo: 

  • Desfibriladores cardíacos implantáveis (CDIs): monitoram o ritmo cardíaco e evitam paradas cardíacas. 
  • Dispositivos de terapia de ressincronização cardíaca (TRC): ajudam a coordenar as contrações dos ventrículos esquerdo e direito, melhorando a eficiência do coração. 

Esses dispositivos podem prolongar a vida e reduzir os sintomas, principalmente em pacientes com Insuficiência Cardíaca avançada. 

3. Cirurgias 

Para pacientes selecionados, procedimentos cirúrgicos, como o bypass coronariano ou o transplante cardíaco, podem ser opções. Esses procedimentos são indicados em casos em que há bloqueios nas artérias coronárias ou quando o coração está extremamente comprometido. 

Tratamento da Insuficiência Cardíaca com células-tronco 

Além das terapias mais tradicionais citadas acima, uma recente descoberta de tratamento com células-tronco pode se tornar uma opção promissora para quem sofre de Insuficiência Cardíaca, principalmente nos casos mais avançados.  

Um estudo realizado pelo Instituto do Coração do Texas, nos Estados Unidos, avaliou os efeitos dessa terapia em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, uma condição em que o coração não consegue bombear o sangue de forma eficaz.  

As células-tronco mesenquimais são derivadas da medula óssea e possuem propriedades anti-inflamatórias e regenerativas. Essas células são aplicadas diretamente no tecido cardíaco por meio de um procedimento que consiste na injeção das células em áreas específicas do coração para estimular a regeneração e a reparação do tecido. 

De acordo com o estudo, a terapia com células-tronco pode: 

  • Reduzir o risco de infarto ou AVC em até 58%: os pacientes que receberam essa terapia apresentaram menor incidência de infartos e acidentes vasculares cerebrais. 
  • Aumentar a função cardíaca: foi observado um aumento na fração de ejeção do ventrículo esquerdo, principalmente em pacientes com inflamação elevada, indicando uma possível melhora na capacidade do coração de bombear o sangue. 
  • Diminuir eventos cardiovasculares adversos: em pacientes com altos níveis de inflamação, os riscos de complicações cardiovasculares graves foram reduzidos em até 38%. 

Esses resultados sugerem que a terapia com células-tronco pode ser uma adição valiosa aos tratamentos convencionais, especialmente em pacientes com um quadro inflamatório elevado. 

Quem pode se beneficiar da terapia com Células-Tronco? 

Embora a terapia com células-tronco seja promissora, nem todos os pacientes são candidatos. Ela é geralmente indicada para aqueles com insuficiência cardíaca avançada e que já receberam outras terapias sem sucesso satisfatório.  

Além disso, pacientes com altos níveis de inflamação parecem responder melhor ao tratamento, o que pode ser determinado por exames de sangue específicos. 

Células-tronco podem curar a insuficiência cardíaca? 

As células-tronco não curam a insuficiência cardíaca, mas podem melhorar a função cardíaca e reduzir os riscos de complicações. Elas atuam complementando os tratamentos já existentes, especialmente para quem tem uma condição grave. 

Como prevenir o avanço da Insuficiência Cardíaca 

O Grupo Sirius é composto por especialistas na área cardiovascular, pronto para oferecer um atendimento personalizado e de alta qualidade. Com uma equipe que entende as particularidades e desafios específicos que a condição pode apresentar, desenvolvemos planos de tratamento individualizados, focados nas necessidades de cada paciente. 

Além de diagnósticos precisos e tratamentos personalizados, o Grupo Sirius acompanha de perto a evolução de cada caso, oferecendo orientação contínua e suporte em todas as etapas do cuidado cardiovascular. Entre em contato!  

Não ignore uma dor no peito ou na nuca: seu coração pode estar sobrecarregado

Para o cardiologista do Hospital Christóvão da Gama, os exames preventivos devem ser realizados desde a infância. Atividades físicas são essenciais para uma melhor qualidade de vida.

Quais são os problemas mais comuns do coração? Uma pessoa estressada vai ser um paciente cardíaco? Quem já teve algum problema pode fazer exercícios físicos? O Dr. Jeffer Morais, Cardiologista do Hospital Christóvão da Gama (HCG), da unidade de Diadema, explica estas dúvidas e dá outras orientações de como cuidar melhor do coração.

De maneira geral, todas as pessoas têm que fazer os exames cardiológicos periódicos, durante a
infância, adolescência e após os 30 anos, para prevenção. O mesmo vale para quem vai começar alguma atividade física, para saber em qual condição está e quanto pode fazer de esforço e, eventualmente, descobrir precocemente alguma patologia cardíaca.

OS SINTOMAS MAIS IMPORTANTES INCLUEM DOR TORÁCICA, CANSAÇO FÁCIL E DESMAIOS.

As doenças mais comuns do coração são as cardiopatias congênitas em crianças. De acordo com o Dr. Jeffer, há um grupo de anormalidades na estrutura do aparelho cardiocirculatório, que podem ocorrer durante o desenvolvimento embrionário, no período em que forma o coração do bebê.

Essas malformações podem causar insuficiência circulatória e respiratória, comprometendo a qualidade de vida do paciente. Os adolescentes e adultos também podem desenvolver hipertensão arterial, doenças de coronárias e insuficiência cardíaca. Os primeiros sintomas de problemas no coração muitas vezes são ignorados pelas pessoas, como uma leve dor na nuca, cansaço a esforços e pernas inchadas,
além da dor torácica. Para o Dr. Jeffer, esses eventos não podem ser ignorados e precisam ser investigados e diagnosticados o mais breve possível. “Com o coração não se brinca. Uma pequena dor
ignorada pode levar a maiores problemas como infarto e até vir a óbito”, afirma.

Como prevenção, o especialista lembra aqueles conselhos que grande parte da população já conhece: alimentação correta, com pouco sal e gordura, não fumar e praticar atividade física regularmente. “Esses cuidados são muito importantes em todas as fases da vida. Trabalhar fortemente na prevenção, controlando os fatores de risco, como hipertensão, colesterol e trigicerides elevados, diabetes, o fumo, o excesso de peso”, explica o Dr. Jeffer.

A ansiedade não determina doença cardiovascular, embora pacientes com “stress” acentuado podem ter eventualmente descontrole da pressão e, às vezes, taquicardias. “Nesses casos, devemos fazer exames complementares para afastar cardiopatia, que incluem teste ergométrico, ecocardiograma, holter 24 horas, para orientar adequadamente o paciente, no sentido de procurar suporte
em terapias e acompanhamento psiquiátrico”, ressalta o cardiologista do HCG.

Por fim, qualquer atividade física é sempre essencial para controle e prevenção de doenças do coração. O importante, segundo o Dr. Jeffer, é manter disciplina e regularidade de atividades físicas, de moderada intensidade. “Pode ser, por exemplo, caminhadas diárias de até 1 hora ou conciliar natação e esteira.”