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Outubro Rosa: o câncer de mama e a saúde do coração

A multiplicação desordenada de células anormais da mama tem a capacidade de formar um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Esta é a definição do câncer de mama, segundo o Ministério da Saúde do Brasil.

Considerado o tipo da doença mais recorrente em mulheres de todo o mundo, foram registrados cerca de 2,3 milhões de novos casos em 2020 e quase 685 mil óbitos, de acordo com a IARC (International Agency for Research on Cancer).

As taxas também são altas no Brasil. O câncer de mama ocupa o segundo lugar dos diagnósticos em mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer) é de que em 2022 sejam descobertos 66.280 novos casos.

Para alertar a população, principalmente a feminina, o mês de outubro é conhecido como Outubro Rosa.
Desde 2010, instituições, médicos e empresas de saúde se reúnem em todo o mundo com o objetivo de ampliar a consciência acerca da doença e realizar a prevenção, focando na redução da taxa de mortalidade.

Mesmo que o tratamento possa parecer não ter relação com o coração, ela existe e exerce um papel importante durante esse processo. Por isso, acompanhe a seguir o que o Centro de Excelência preparou para te alertar.

Qual é a relação do câncer de mama com o coração?

O cuidado com o coração deve permear todo o tratamento do câncer de mama. Por
isso, ter o acompanhamento de um cardio-oncologista é de suma importância. As terapias utilizadas podem abalar a estrutura cardíaca. Por exemplo, as quimioterapias foram associadas ao surgimento do quadro de insuficiência cardíaca. Já a radioterapia e a terapia hormonal estão associadas com a doença arterial coronariana.

Um estudo com pouco mais de 2 mil pacientes de radioterapia diagnosticou que 21,5% deles apresentaram doenças cardiovasculares em até 7 anos após o começo do tratamento.

Esses dados comprovam o alerta da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia): até oito anos depois do tratamento oncológico, 15% dos óbitos registrados em mais de 63 mil pacientes foi decorrente de complicações cardíacas.

Cuidado na aplicação do tratamento

No livro Câncer de Mama, Consenso da Sociedade Brasileira de Mastologia, os autores reforçam o cuidado dos médicos ao longo do tratamento para proteger o coração.

De acordo com eles, “o planejamento com tomografia permite identificar volumes pulmonares e cardíaco, minimizando, assim, a exposição a esses órgãos; além de conferir uma melhor distribuição de dose à área irradiada.”

Quando há o uso de radioterapia (RT) no combate ao tumor, a preferência é para a aplicação de técnicas mais modernas de RT, como a tridimensional conformacional ou com modulação de intensidade do feixe. Ainda segundo a publicação, por meio delas é possível manter os órgãos adjacentes, como coração, pulmões, esôfago, medula e pele, mais sadios por meio da distribuição homogênea da dose.

Acompanhe o tratamento oncológico com um cardiologista. Sabendo das complicações que os procedimentos para tratar o câncer podem gerar, sob o diagnóstico inicial, recomenda-se procurar um cardiologista para acompanhar os procedimentos e cuidar do coração.

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