O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, trouxe à tona uma verdade que precisa ser reforçada o ano inteiro: diabetes e doenças cardiovasculares andam de mãos dadas. E não é exagero, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), até 70% das pessoas com diabetes tipo 2 podem desenvolver algum problema cardiovascular ao longo da vida.
Mas por que isso acontece? O que o açúcar no sangue tem a ver com o coração? E, principalmente, o que você pode fazer hoje para proteger sua saúde amanhã? Vamos por partes.
Quando a glicose alta vira risco para o coração
Manter níveis elevados de glicose no sangue por longos períodos desencadeia um processo silencioso, porém contínuo, que atinge os vasos sanguíneos.
1. Inflamação crônica
O excesso de glicose funciona como um “agressor” constante. Ele irrita o endotélio, camada interna dos vasos, e favorece um estado inflamatório persistente. Essa inflamação abre caminho para placas de gordura e dificulta a circulação.
2. Aceleração da aterosclerose
Com a parede do vaso inflamada, LDL oxidado (o famoso “mau colesterol”) se deposita com mais facilidade. Assim, formam-se placas que estreitam artérias e aumentam o risco de:
- infarto
- AVC
- doença arterial periférica
Dados da American Heart Association mostram que pessoas com diabetes têm duas a quatro vezes mais chance de desenvolver doenças cardiovasculares.
3. Alterações na pressão arterial
O diabetes também costuma vir acompanhado de hipertensão. Essa combinação, glicose alta + pressão alta, acelera o dano nos vasos e sobrecarrega o coração.
O papel do colesterol, triglicerídeos e obesidade
Além da glicose, outros marcadores entram nesse jogo:
- Colesterol alto aumenta a formação de placas.
- Triglicerídeos elevados são comuns em pessoas com resistência à insulina.
- Obesidade visceral intensifica o ciclo inflamatório e afeta diretamente o metabolismo cardiovascular.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, 80% das pessoas com diabetes tipo 2 apresentam alguma alteração no perfil lipídico.
Como reduzir o risco cardiovascular: passos práticos
A boa notícia: dá para agir, e o impacto é enorme.
1. Acompanhamento periódico
Consultas de rotina ajudam a ajustar tratamento e identificar sinais precocemente. Os exames recomendados incluem:
- Hemoglobina glicada (HbA1c)
- Perfil lipídico
- Pressão arterial
- Microalbuminúria
- Eletrocardiograma e, em alguns casos, ecocardiograma
2. Alimentação equilibrada
Uma dieta focada na saúde cardiovascular e no controle glicêmico inclui:
- fibras (aveia, frutas, legumes, verduras)
- gorduras boas (azeite, abacate, castanhas, peixes)
- carboidratos de baixo índice glicêmico
- redução de ultraprocessados, açúcares e frituras
3. Movimento diário
Atividade física regular melhora a sensibilidade à insulina, reduz inflamação e protege o coração.
Recomendação atual: 150 minutos semanais de atividade aeróbica + exercícios de força.
4. Controle do estresse e sono
Estresse crônico e noites mal dormidas elevam cortisol e glicemia, uma dupla que sabota o sistema cardiovascular.
O recado final
Cuidar do diabetes é, na prática, cuidar do coração. O controle contínuo não é só sobre números, mas sobre qualidade de vida e longevidade.
Controle hoje o que pode proteger seu coração amanhã.
O Grupo Sirius está aqui para caminhar com você nesse cuidado diário, com acompanhamento especializado, tecnologia de ponta e uma visão integrada da sua saúde.



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